Publicado em: 21/10/2025 às 11:40hs
O mercado de milho no Brasil continua apresentando baixa liquidez e negociações limitadas, de acordo com informações da TF Agroeconômica. Em Santa Catarina, a diferença entre pedidas e ofertas mantém o mercado praticamente parado. Produtores pedem valores próximos de R$ 80,00 por saca, enquanto as indústrias não ultrapassam R$ 70,00/saca. No Planalto Norte, as negociações seguem entre R$ 71,00 e R$ 75,00/saca, sem avanços significativos.
No Rio Grande do Sul, as indicações de compra permanecem entre R$ 67,00 e R$ 70,00/saca, e as pedidas firmes entre R$ 70,00 e R$ 72,00/saca. No porto, o preço futuro para fevereiro de 2026 está em torno de R$ 69,00/saca.
Já no Paraná, as cotações regionais registraram pequenas variações. Em Curitiba, o preço ficou em R$ 66,66/saca (-0,79%), e em Cascavel, R$ 56,22/saca (+0,14%). As demais praças paranaenses, como Maringá, Londrina e Ponta Grossa, também apresentaram leve oscilação, sem grandes movimentações.
No Mato Grosso do Sul, as vendas seguem lentas, com produtores cautelosos e compradores retraídos. As cotações variam entre R$ 48,00 e R$ 52,00/saca, com Dourados registrando os valores mais altos. Apesar da ampla oferta, a demanda industrial e exportadora continua enfraquecida, o que mantém o mercado travado.
Na manhã desta terça-feira (21), os preços futuros do milho iniciaram o dia no campo negativo na Bolsa Brasileira (B3). Por volta das 10h07 (horário de Brasília), as cotações variavam entre R$ 68,51 e R$ 72,54/saca.
O movimento reflete o cenário de cautela dos agentes e a influência dos preços internacionais, que também recuaram na Bolsa de Chicago (CBOT).
Na CBOT, os contratos do milho futuro também registraram perdas por volta das 09h44 (horário de Brasília):
Segundo o portal Farm Futures, as exportações americanas seguem firmes, mas os relatos de produtividade decepcionante limitam o otimismo. Analistas avaliam que o USDA pode revisar para baixo sua previsão de produtividade recorde nos Estados Unidos, embora o mercado ainda aguarde confirmação.
“Sem os relatórios oficiais do USDA, o mercado permanece em um padrão de espera, com a alta dos preços limitada pela perspectiva de uma safra ainda volumosa”, explica Bruce Blythe, analista da Farm Futures.
Na segunda-feira (20), os preços do milho encerraram o dia com comportamento misto na B3. A firmeza no mercado físico foi compensada pela queda do dólar frente ao real, que reduz a competitividade das exportações.
Segundo o Cepea, os produtores permanecem retraídos, concentrados na semeadura da safra verão 2025/26, o que mantém os preços internos sustentados. Nos portos, as cotações seguem acompanhando a valorização cambial e o mercado internacional.
De acordo com a Conab, o plantio da nova safra atingiu 31,2% da área nacional até 11 de outubro, avanço de 2,1 pontos percentuais na semana. O índice está ligeiramente acima da média dos últimos cinco anos (30,7%). A estatal projeta uma produção total de 138,6 milhões de toneladas, o que representaria queda de 1,8% em relação à safra anterior, influenciada por condições climáticas menos favoráveis e expectativa de menor produtividade.
Na B3, o contrato novembro/25 encerrou a R$ 68,95/saca (+R$ 0,55), janeiro/26 a R$ 71,57/saca (+R$ 0,02) e março/26 a R$ 72,92/saca (+R$ 0,12).
Em Chicago, o milho fechou com leve alta na segunda-feira, sustentado pelo bom desempenho das exportações norte-americanas. O USDA reportou aumento semanal de 8,9% nos embarques, o que impulsionou o contrato de dezembro para US$ 4,23/bushel (+0,18%) e o de março para US$ 4,37/bushel (+0,11%).
Fonte: Portal do Agronegócio
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