Publicado em: 17/12/2025 às 10:45hs
Os principais mercados financeiros globais apresentaram movimento misto nesta quarta-feira (17), refletindo a combinação entre dados econômicos dos Estados Unidos, expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed) e ajustes de portfólio típicos do fim de ano.
Em Nova York, o Dow Jones Industrial Average recuou 0,62%, aos 48.114 pontos, enquanto o S&P 500 teve leve baixa de 0,24%, aos 6.800 pontos. Já o Nasdaq Composite conseguiu manter alta de 0,23%, alcançando 23.100 pontos, sustentado por ganhos pontuais no setor de tecnologia.
No Brasil, o Ibovespa acompanha o humor global e registra baixa de 2,4%, sendo cotado em torno de 158.578 pontos, de acordo com dados da B3 e do portal Investing.com.
A pressão vem principalmente do recuo das ações de commodities e instituições financeiras, que refletem o enfraquecimento do apetite por risco e a expectativa de menor crescimento global em 2026.
Analistas destacam que o mercado doméstico também repercute as projeções fiscais do governo e o cenário de juros elevados, fatores que mantêm a bolsa sob pressão nas últimas semanas de 2025.
As principais bolsas da Europa operam com variações leves, refletindo um movimento de acomodação após altas recentes. O FTSE 100 de Londres sobe 1,5%, enquanto o CAC 40, de Paris, e o Euro Stoxx 50 registram pequenas altas, sustentadas por ganhos nos setores financeiro e de saúde.
O desempenho reflete o otimismo moderado em relação à recuperação da economia da zona do euro e à expectativa de redução de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) no início de 2026.
Na Ásia, os mercados encerraram em alta generalizada, impulsionados por empresas ligadas à tecnologia e inteligência artificial (IA). O Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,9%, enquanto o Shanghai Composite avançou 1,2% e o SZSE Component, de Shenzhen, teve valorização superior a 2%.
O movimento foi liderado por companhias de semicondutores e de IA, que se beneficiam das políticas de incentivo do governo chinês para reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos.
Segundo analistas, as bolsas asiáticas mostram resiliência após semanas de volatilidade, refletindo a busca de investidores por oportunidades em mercados emergentes e setores estratégicos da nova economia.
O comportamento dos mercados globais neste fim de ano reflete uma postura mais defensiva dos investidores, que aguardam novos dados sobre inflação e emprego nos EUA antes de consolidar expectativas para o primeiro trimestre de 2026.
As projeções apontam para possíveis cortes de juros pelo Fed no próximo ano, o que pode reacender o otimismo nos mercados emergentes e estimular o fluxo de capitais para países exportadores de commodities, como o Brasil.
Ainda assim, o cenário permanece de alta volatilidade, com influência direta de fatores geopolíticos, variações cambiais e mudanças nas políticas monetárias das principais economias do mundo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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