Publicado em: 12/05/2025 às 10:55hs
Os dois países chegaram a um acordo para reduzir temporariamente as tarifas impostas sobre produtos importados, em um movimento que trouxe otimismo aos investidores e alívio aos mercados.
Os principais índices acionários dos Estados Unidos registravam altas expressivas no mercado futuro na manhã desta segunda-feira (12), refletindo o impacto positivo do acordo firmado entre China e Estados Unidos.
Pelo pacto, as tarifas “recíprocas” serão reduzidas por 90 dias:
Antes mesmo da abertura dos mercados, por volta das 9h, os índices futuros apresentavam forte valorização:
A trégua representa um alívio após meses de escalada tarifária iniciada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Em abril, durante o que ele chamou de “Dia da Libertação”, foram anunciadas tarifas extras para mais de 180 países, com impacto imediato nas bolsas globais.
Na ocasião, o mercado reagiu negativamente, temendo que o aumento dos custos de importação pressionasse os preços ao consumidor, elevasse a inflação e prejudicasse o consumo — cenário que poderia provocar uma desaceleração econômica global.
“O mercado precisa se recalibrar para a situação anterior ao 'Dia da Libertação', e isso parece uma economia em crescimento muito construtiva”, afirmou Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital LLC.
“Esta é uma redução substancial da tensão. No entanto, os EUA ainda impõem tarifas muito mais altas à China”, ponderou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics.
O impacto do acordo também foi sentido nos mercados asiáticos. As bolsas da China encerraram o pregão em alta, e o yuan se valorizou frente ao dólar, atingindo seu maior valor em seis meses, cotado a 7,2001 por dólar.
Desempenho dos principais índices na Ásia:
Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, comentou que o acordo superou as expectativas:
“Achei que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%.”
As bolsas do Japão e da Coreia do Sul já estavam fechadas no momento do anúncio.
O movimento de valorização também foi observado nas principais bolsas europeias na manhã desta segunda-feira (12), com investidores reagindo ao alívio nas tensões comerciais globais.
Confira os índices europeus por volta das 9h30 (horário de Brasília):
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou a partir de abril, com os Estados Unidos impondo tarifas adicionais de 34% à China, além dos 20% já existentes — totalizando 54%.
A China reagiu com a mesma medida: anunciou, em 4 de abril, a aplicação de 34% em tarifas adicionais sobre todas as importações americanas.
A escalada continuou:
Agora, com o novo acordo, essas tarifas foram temporariamente reduzidas, abrindo espaço para negociações mais duradouras — embora analistas ressaltem que ainda há incertezas quanto à permanência da trégua.
Fonte: Portal do Agronegócio
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