Mercado Financeiro

Mercados globais avançam com otimismo sobre corte de juros nos EUA e Ibovespa renova máximas históricas

Apostas em redução de juros pelo Fed impulsionam bolsas internacionais


Publicado em: 27/11/2025 às 10:45hs

Mercados globais avançam com otimismo sobre corte de juros nos EUA e Ibovespa renova máximas históricas

As bolsas globais encerraram esta quarta-feira (27) em alta, sustentadas pelo otimismo com uma possível redução das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda em dezembro. O movimento marca o quarto dia consecutivo de ganhos em Nova York, às vésperas do feriado de Ação de Graças, e reflete a retomada da confiança dos investidores após a divulgação de dados econômicos mais amenos nos Estados Unidos.

Em Wall Street, o Dow Jones avançou 0,67%, o S&P 500 subiu 0,69% e o Nasdaq Composite registrou alta de 0,82%. O desempenho positivo foi puxado por empresas de tecnologia e consumo, que reagiram às expectativas de um cenário monetário mais favorável nos próximos meses.

Segundo analistas, o avanço dos índices americanos reforça o movimento de recuperação das bolsas globais, apoiado na perspectiva de juros mais baixos, inflação controlada e resultados corporativos acima do esperado.

Europa acompanha otimismo e encerra dia no azul

O ambiente positivo também foi sentido nas principais praças europeias. O Stoxx 600, principal índice do continente, avançou 1,1%, acompanhando o desempenho das bolsas americanas.

Entre os mercados locais, Londres subiu 0,85%, Frankfurt 0,98%, Paris 0,88%, Milão 1,01%, Madri 1,36% e Lisboa 0,95%. O bom humor foi impulsionado pelo avanço das ações de tecnologia e energia, além do alívio em relação às políticas de aperto monetário.

Para especialistas, a expectativa de corte de juros nos Estados Unidos tende a beneficiar os mercados europeus, reduzindo custos de capital e incentivando o fluxo internacional de investimentos.

Bolsas asiáticas mostram estabilidade com influência da China e tecnologia

Na Ásia, os mercados apresentaram comportamento misto, influenciados pelo desempenho positivo de Wall Street e pelas incertezas na economia chinesa. O índice Nikkei, de Tóquio, subiu 1,23%, refletindo o bom momento das exportadoras japonesas diante da valorização do dólar.

Em Xangai, o índice SSEC teve leve alta de 0,29%, enquanto o CSI300, que reúne as maiores companhias chinesas, recuou 0,05%, pressionado pela queda das ações da incorporadora Vanke, que tenta adiar o pagamento de um título onshore.

O mercado imobiliário segue como ponto de atenção na China, após o CSI Imobiliário cair 2,4%, marcando o menor nível desde setembro de 2024. Já o setor energético avançou 1% e o bancário, 0,5%, compensando parte das perdas.

Em outras bolsas da região, Hong Kong avançou 0,07%, Seul ganhou 0,66%, Taiwan subiu 0,53%, Cingapura teve alta de 0,17% e Sydney registrou valorização de 0,13%.

Ibovespa acompanha exterior e renova recordes históricos

No Brasil, o Ibovespa voltou a subir acompanhando o bom desempenho dos mercados internacionais. O principal índice da B3 se aproxima da marca de 160 mil pontos, impulsionado pelo fluxo de investimentos estrangeiros, valorização de commodities e desempenho positivo de grandes companhias do setor financeiro e de energia.

Segundo analistas do mercado, o apetite por risco no mercado doméstico permanece forte, sustentado pela queda nas taxas de juros internas, melhora das projeções de inflação e expectativa de retomada do crescimento em 2025.

A valorização também é reforçada pela entrada de capital externo, beneficiada pela percepção de que o Brasil segue como destino seguro e atrativo para investimentos produtivos e financeiros, especialmente em setores ligados ao agronegócio e energia limpa.

Perspectivas: mercados atentos ao Fed e ao ritmo da economia global

Com o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos reduzindo o volume de negociações, os próximos dias devem ser de menor liquidez e maior volatilidade. Ainda assim, a aposta no afrouxamento monetário americano mantém o otimismo entre investidores e deve continuar sustentando as bolsas globais no curto prazo.

No cenário doméstico, a atenção segue voltada às decisões fiscais do governo, à trajetória dos juros e ao comportamento do câmbio, fatores que continuarão definindo o ritmo do Ibovespa nas próximas semanas.

Fonte: Portal do Agronegócio

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