Publicado em: 13/05/2025 às 10:37hs
Os mercados acionários da Ásia registraram movimentos variados nesta terça-feira (13), refletindo a reação cautelosa dos investidores à trégua comercial temporária firmada entre China e Estados Unidos. Apesar do otimismo inicial, o receio de que as negociações futuras ainda enfrentem dificuldades levou a oscilações modestas nas bolsas chinesas e queda significativa em Hong Kong.
Após o anúncio da trégua comercial entre Pequim e Washington, os principais índices da China continental registraram avanços tímidos. O índice CSI300 — que reúne as maiores empresas listadas nas bolsas de Xangai e Shenzhen — subiu 0,15%, enquanto o índice de Xangai (SSEC) avançou 0,17%.
Na contramão da China continental, o mercado de Hong Kong encerrou o dia em baixa. O índice Hang Seng recuou 1,87%, devolvendo parte dos ganhos recentes e afastando-se da máxima das últimas seis semanas.
O alívio nos mercados veio após um acordo firmado entre autoridades dos EUA e da China em Genebra, durante o fim de semana, que resultou na suspensão por 90 dias de medidas comerciais retaliatórias. A medida inicialmente impulsionou os mercados globais e fortaleceu o dólar. No entanto, analistas do banco Jefferies apontaram que a euforia inicial foi substituída por incertezas sobre os desdobramentos do acordo e sua durabilidade.
Segundo os analistas, os investidores institucionais passaram a adotar uma postura mais cautelosa, especialmente após um resultado comercial considerado mais positivo do que o esperado.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que a trégua prevê uma redução significativa das tarifas comerciais impostas anteriormente. As taxas dos EUA sobre produtos chineses cairão de 145% para 30%, enquanto as tarifas da China sobre produtos norte-americanos serão reduzidas de 125% para 10%.
Além da China e de Hong Kong, os principais mercados da Ásia apresentaram os seguintes resultados:
Apesar de o recente acordo comercial ter superado as expectativas iniciais, a cautela ainda predomina entre investidores diante da possibilidade de novas tensões entre as duas maiores economias do mundo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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