Publicado em: 25/11/2024 às 10:21hs
As ações dos mercados chineses e de Hong Kong registraram quedas significativas nesta segunda-feira, em meio a uma escalada nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. A iminência de novas tarifas e restrições impostas pelo governo norte-americano, aliada às preocupações geopolíticas, enfraqueceu o apetite por risco dos investidores.
O índice chinês CSI300, que reúne as principais empresas listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,46%, atingindo 3.848 pontos, o menor fechamento em cinco semanas. Já o índice SSEC, de Xangai, teve leve queda de 0,11%, encerrando o dia em 3.263 pontos, mínima de três semanas.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,41%, para 19.150 pontos, praticamente anulando os ganhos acumulados desde o fim de setembro, período em que estímulos econômicos promovidos pelo governo chinês impulsionaram o mercado local.
James Wang, estrategista-chefe para a China do UBS Investment Bank Research, prevê um ano de intensa volatilidade para os mercados acionários do país, com múltiplos fatores exercendo pressões contraditórias. Segundo Wang, os desafios imediatos incluem as tarifas comerciais dos EUA, incertezas quanto a novas medidas restritivas e sinais de estabilização nos fluxos de entrada no varejo. Ele estima que o mercado pode registrar uma queda adicional de até 5% até o final do primeiro trimestre de 2025.
As tensões aumentaram após o anúncio do governo Biden de que novas restrições de exportação contra a China serão divulgadas ainda esta semana. Estima-se que até 200 empresas chinesas de semicondutores sejam incluídas na lista de controle comercial.
Além disso, a nomeação de Scott Bessent para o cargo de secretário do Tesouro dos EUA, que já atuou ao lado de investidores renomados como George Soros e Jim Chanos, gerou receios de uma possível escalada na guerra financeira entre as duas potências econômicas.
Enquanto China e Hong Kong sofreram recuos, outros mercados asiáticos tiveram desempenho misto:
As incertezas em torno das relações sino-americanas e os possíveis impactos de novas regulamentações continuam a preocupar investidores, reforçando um ambiente de cautela nos mercados globais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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