Publicado em: 01/12/2025 às 10:36hs
O mercado financeiro voltou a reduzir as estimativas para a inflação de 2025 e 2026, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central (BC). A nova projeção indica que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o próximo ano em 4,43%, ante 4,45% na semana anterior.
A expectativa também recuou levemente para 2026, passando de 4,18% para 4,17%, enquanto as projeções para 2027 e 2028 permaneceram estáveis, em 3,80% e 3,50%, respectivamente.
Essa tendência reforça a expectativa de que a inflação fique dentro do intervalo de tolerância da nova meta contínua adotada a partir de 2025, que estabelece o objetivo de 3%, podendo variar entre 1,5% e 4,5%. Caso o cenário se confirme, o país encerrará o ano sem o chamado “estouro da meta”, algo que não ocorreu em 2024, quando o índice superou o teto do sistema anterior.
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,16%, segundo o boletim do BC. Para 2026, a estimativa também permaneceu estável, em 1,78%.
O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é considerado o principal indicador do desempenho econômico. A manutenção das projeções indica uma perspectiva de crescimento moderado, refletindo o equilíbrio entre o controle inflacionário e o nível de atividade econômica.
As previsões para a taxa básica de juros (Selic) também não apresentaram alterações. O mercado manteve a expectativa de que o índice encerrará 2025 em 15% ao ano, o mesmo patamar atual.
Para 2026, a Selic deve cair para 12% ao ano, e, em 2027, recuar ainda mais, chegando a 10,50% ao ano. Esse movimento gradual de redução reflete a expectativa de desaceleração da inflação e maior estabilidade fiscal.
A cotação do dólar deve encerrar 2025 em R$ 5,40, de acordo com o Focus. Para o fim de 2026, a estimativa segue em R$ 5,50.
No setor externo, a projeção para o superávit da balança comercial — diferença entre exportações e importações — foi revista para cima: passou de US$ 62,1 bilhões para US$ 62,9 bilhões em 2025. Já para 2026, houve ligeira redução, de US$ 66 bilhões para US$ 65,7 bilhões.
Os economistas também elevaram a previsão de investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2025, de US$ 72,3 bilhões para US$ 73 bilhões, refletindo maior confiança internacional na economia brasileira. Para 2026, a estimativa segue em US$ 70 bilhões.
A nova rodada de previsões reforça um cenário de estabilidade econômica, com inflação dentro da meta, crescimento moderado e perspectivas positivas para o comércio exterior. Apesar de desafios fiscais e pressões externas, o mercado financeiro demonstra otimismo cauteloso quanto ao desempenho da economia brasileira nos próximos anos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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