Publicado em: 11/08/2025 às 10:45hs
O mercado financeiro voltou a revisar para baixo as projeções de inflação para os próximos anos, ao mesmo tempo em que reduziu as expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para o superávit comercial. Os dados constam no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa feita com mais de 100 instituições financeiras.
Pela 11ª semana consecutiva, economistas reduziram a estimativa de inflação para 2025, que passou de 5,07% para 5,05%. Para 2026, a projeção também caiu, de 4,43% para 4,41%.
A expectativa para 2027 foi mantida em 4%, e para 2028, em 3,80%. O centro da meta de inflação é de 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Desde o início de 2025, o Brasil adota o sistema de meta contínua, no qual o Banco Central considera o acumulado em 12 meses até meados do ano seguinte para avaliar o cumprimento da meta. Caso o índice fique fora da faixa de tolerância por seis meses consecutivos, o BC precisa enviar uma carta ao ministro da Fazenda explicando os motivos.
Neste ano, com a inflação acima do teto da meta até junho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou o documento a Fernando Haddad, apontando como causas a economia aquecida, a variação cambial, o custo da energia elétrica e anomalias climáticas.
Inflação elevada reduz o poder de compra, sobretudo das famílias de menor renda, já que os preços aumentam, mas os salários nem sempre acompanham esse ritmo.
A projeção para o crescimento do PIB em 2025 recuou de 2,23% para 2,21%. Para 2026, a expectativa passou de 1,88% para 1,87%. O PIB é o principal indicador do desempenho econômico, representando a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
O mercado manteve as projeções para a Selic:
A expectativa para a cotação do dólar no fim de 2025 segue em R$ 5,60. Para o fim de 2026, permanece em R$ 5,70.
Já o superávit da balança comercial foi revisado para baixo:
A entrada de Investimentos Estrangeiros Diretos no Brasil deve permanecer em US$ 70 bilhões tanto em 2025 quanto em 2026, segundo o Focus.
O boletim também destacou a pressão externa: os Estados Unidos anunciaram tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. O governo federal prepara um plano de contingência para apoiar empresas e setores impactados pela medida.
Fonte: Portal do Agronegócio
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