Publicado em: 04/08/2025 às 10:35hs
O mercado financeiro voltou a reduzir a estimativa de inflação para 2025, pela décima semana seguida. A projeção, que na semana anterior era de 5,09%, caiu para 5,07%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central. Apesar da queda, o índice permanece acima do teto da meta de 4,5%.
A estimativa de inflação para 2026 também recuou, passando de 4,44% para 4,43%. Para os anos seguintes, não houve alteração:
Desde 2025, está em vigor o sistema de metas contínuas para a inflação, com objetivo central de 3% ao ano e intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
O Banco Central utiliza a taxa básica de juros (Selic) como principal instrumento para controlar a inflação. Como os efeitos dos juros na economia demoram de seis a 18 meses para se concretizar, a autoridade monetária baseia suas decisões em projeções futuras.
Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses passou a ser comparada diretamente com a meta estabelecida. Caso fique fora do intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que a meta foi descumprida. Nessa situação, o BC precisa justificar formalmente os motivos ao Ministério da Fazenda.
Foi o que ocorreu até junho deste ano: o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta pública ao ministro Fernando Haddad explicando que a inflação ultrapassou o teto devido a fatores como:
Inflação elevada corrói o poder de compra da população, especialmente dos que ganham menos. Mesmo com preços mais altos, os salários nem sempre acompanham esse movimento, o que leva à perda do consumo real das famílias.
A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 foi mantida em 2,23%.
Para 2026, houve leve ajuste: a expectativa caiu de 1,89% para 1,88%.
O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é um dos principais indicadores do desempenho econômico.
O mercado manteve suas previsões para a taxa Selic nos próximos anos:
As estimativas para a taxa de câmbio também não foram alteradas:
A projeção de superávit na balança comercial brasileira sofreu uma leve revisão:
As estimativas para os investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceram inalteradas:
O Boletim Focus desta semana mostra que o mercado segue cauteloso, ajustando suas projeções conforme novos dados são incorporados. A inflação continua no centro das atenções, com impacto direto sobre juros, consumo e atividade econômica, enquanto outros indicadores permanecem relativamente estáveis.
Fonte: Portal do Agronegócio
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