Publicado em: 23/12/2025 às 11:00hs
O mercado financeiro revisou para cima a projeção da taxa básica de juros (Selic) em 2026, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (22). A mediana das estimativas aponta agora para uma Selic de 12,25% no final de 2026, ante 12,13% na pesquisa anterior.
Para o encerramento de 2025, o levantamento manteve a previsão de estabilidade dos juros na primeira reunião do ano, em 15%, indicando que o ciclo de cortes ainda deve demorar a ocorrer de forma mais significativa.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, reforçou que as decisões de política monetária continuam sendo dependentes de dados econômicos, destacando que “não há portas fechadas” nem “setas dadas” sobre os próximos passos da autoridade monetária.
Mesmo com a alta esperada para a Selic, o mercado reduziu, pela sexta semana consecutiva, as estimativas para a inflação. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 recuou 0,03 ponto percentual, para 4,33%.
Para 2026, o IPCA esperado passou de 4,10% para 4,06%, enquanto as previsões para 2027 e 2028 permaneceram em 3,80% e 3,50%, respectivamente.
O centro da meta de inflação definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O IBGE deve divulgar nesta terça-feira (23) o resultado de dezembro do IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial.
As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) também apresentaram estabilidade. O Focus mostra expectativa de crescimento de 2,26% em 2025, ligeira alta de 0,01 ponto percentual em relação à semana anterior, e de 1,80% para 2026, sem alterações.
Na semana passada, o Banco Central já havia elevado sua própria estimativa para a atividade econômica deste ano, projetando avanço de 2,3%. A autarquia também indicou que a inflação deve atingir o centro da meta de 3% apenas no primeiro trimestre de 2028, permanecendo acima do objetivo durante todo o ano de 2027 — período considerado decisivo para o ajuste monetário.
Fonte: Portal do Agronegócio
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