Publicado em: 18/08/2025 às 11:45hs
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central, trouxe uma mudança significativa nas projeções do mercado financeiro: pela primeira vez desde janeiro, os analistas passaram a estimar a inflação de 2025 abaixo de 5%.
A mediana das expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,05% para 4,95%, marcando a 12ª semana consecutiva de revisões para baixo. Ainda assim, a projeção segue acima do centro da meta oficial de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Em julho, o IPCA avançou 0,26%, resultado abaixo da expectativa do mercado, que previa alta de 0,37%. No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 5,23%.
Com a adoção do regime de meta contínua a partir de 2025, o objetivo é manter a inflação em 3%, sendo considerada dentro da meta caso varie entre 1,5% e 4,5%. Caso o índice ultrapasse esse intervalo por seis meses consecutivos, o Banco Central deve justificar publicamente os motivos ao Ministério da Fazenda.
Recentemente, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro Fernando Haddad explicando o descumprimento da meta até junho, atribuindo o resultado à atividade econômica aquecida, variações cambiais, custos de energia e impactos climáticos.
O relatório também atualizou as estimativas para os próximos anos:
O mercado financeiro manteve a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,21% para 2025 e 1,87% para 2026. O PIB, que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é um dos principais indicadores de desempenho da economia.
As estimativas para a taxa básica de juros (Selic) permaneceram inalteradas:
O Banco Central considera os efeitos da política monetária de seis a 18 meses à frente, ajustando a Selic para manter a inflação dentro da meta estabelecida.
Além das projeções para inflação, PIB e juros, o Focus também trouxe expectativas para outros indicadores:
A evolução da inflação é crucial porque afeta diretamente o poder de compra dos brasileiros. Quando os preços sobem acima da renda, especialmente para famílias de baixa renda, a pressão sobre o orçamento doméstico se intensifica.
Por isso, a trajetória da inflação e as decisões do Banco Central sobre juros são acompanhadas de perto, tanto por agentes do mercado quanto pela sociedade em geral.
Fonte: Portal do Agronegócio
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