Publicado em: 23/06/2025 às 11:08hs
Após a recente elevação da taxa Selic pelo Banco Central (BC) para 15% ao ano, analistas consultados pelo Boletim Focus passaram a projetar a manutenção deste patamar até o fim de 2025. A mudança na expectativa ocorre poucos dias após o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreender o mercado com o aumento de 0,25 ponto percentual, contrariando a projeção anterior de estabilidade em 14,75%.
Com a nova projeção do Focus, o mercado acredita que o Copom manterá os juros inalterados nas próximas reuniões até o fim deste ano. Apesar do ajuste recente, o BC indicou que poderá interromper o ciclo de alta já na próxima decisão, mas ressaltou que não hesitará em realizar novos aumentos caso considere necessário. A ata da última reunião será divulgada nesta terça-feira (24).
Para 2026, a estimativa da taxa básica de juros permanece em 12,50%, mantendo-se inalterada pela 21ª semana consecutiva. Esse nível reforça a percepção de que a trajetória da Selic deve começar a recuar apenas após o próximo ano.
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao final de 2025 caiu para 5,24%, levemente abaixo dos 5,25% registrados na semana anterior. Esta foi a quarta semana seguida de queda nas estimativas inflacionárias. Para 2026, a expectativa continua em 4,50%. O centro da meta de inflação estipulado pelo BC é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
As previsões de crescimento da economia brasileira também passaram por leve ajuste. A nova expectativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2,21% em 2025, ante os 2,20% previstos na semana anterior. Para 2026, o mercado projeta avanço de 1,85%, frente aos 1,83% estimados anteriormente.
O Boletim Focus também trouxe nova estimativa para o câmbio. A expectativa é de que o dólar termine 2025 cotado a R$ 5,72, abaixo da previsão anterior de R$ 5,77. Para 2026, a projeção foi mantida em R$ 5,80. A moeda norte-americana acumula uma desvalorização de 10,55% frente ao real em 2025, resultado de uma correção de preços após forte alta no final do ano passado e da incerteza sobre a política tarifária dos Estados Unidos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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