Publicado em: 13/06/2025 às 10:38hs
Os principais índices futuros das bolsas de Nova York registraram queda nesta sexta-feira (13), refletindo a crescente instabilidade geopolítica após o ataque militar de Israel ao Irã. O episódio aumentou a aversão ao risco entre investidores em todo o mundo.
O ataque israelense teve como alvo instalações nucleares iranianas, com o objetivo de impedir o desenvolvimento de armas atômicas por Teerã. Em resposta, o Irã lançou 100 drones e prometeu retaliar, intensificando as tensões na região.
A escalada no Oriente Médio, região estratégica para a produção de petróleo, provocou um salto superior a 7% nos preços da commodity.
Os analistas observam que os ganhos representam os maiores movimentos intradiários desde 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia elevou os preços globais de energia.
O mercado acompanha atentamente o Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% do petróleo consumido no mundo. Embora ainda não haja interrupções no fluxo da commodity, analistas alertam para o risco de fechamento da hidrovia em um cenário mais crítico.
Segundo o JPMorgan, um bloqueio ou retaliação de grandes produtores da região poderia elevar os preços do barril para US$ 120 a US$ 130. O Barclays destacou que, apesar do aumento recente de US$ 10 no barril, ainda não há indícios de queda na produção iraniana.
Com a valorização do petróleo, empresas de energia tiveram forte alta nas negociações pré-abertura:
Já as companhias aéreas foram penalizadas pelo aumento dos custos de combustível:
Empresas do setor de defesa também se beneficiaram com o aumento das tensões:
Os ataques ocorreram poucos dias antes da próxima rodada de negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã, marcada como uma tentativa de retomar o diálogo interrompido. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, classificou a ação israelense como "unilateral" e afirmou que Washington não participou do ataque.
Além do cenário internacional, os investidores aguardam a reunião do Federal Reserve na próxima semana. A expectativa é de manutenção da taxa de juros, o que pode influenciar os próximos movimentos dos mercados globais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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