Publicado em: 09/12/2025 às 10:55hs
O mercado financeiro deixou de apostar, em sua maioria, em um corte da taxa básica de juros (Selic) em janeiro. É o que revela o Boletim Focus, divulgado nesta semana pelo Banco Central (BC), com base em pesquisa feita com mais de 100 instituições financeiras nos últimos 30 dias.
Atualmente, a Selic está em 15% ao ano, nível mais alto em quase duas décadas, definido pelo BC para conter a inflação. A expectativa predominante é de que a redução do juro comece somente em fevereiro, quando a taxa poderia ser ajustada para 14,5% ao ano.
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta semana para definir a taxa básica, mas o consenso no mercado é de que o juro será mantido. Apesar de algumas instituições ainda considerarem a possibilidade de corte, a maioria acredita que a redução só ocorrerá no próximo mês, refletindo um mercado dividido, mas cauteloso.
O BC atua pelo sistema de metas de inflação. Quando as projeções estão dentro da meta, é possível reduzir os juros; se estão acima, o Copom tende a manter ou elevar a Selic. Desde o início de 2025, a meta central foi fixada em 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Em junho, a inflação ficou seis meses consecutivos acima da meta, levando o BC a divulgar uma carta pública explicando os motivos e reforçando a estratégia de política monetária.
Ao definir a Selic, o Banco Central analisa projeções futuras de inflação, não apenas os números recentes, pois os efeitos da mudança na taxa demoram de seis a 18 meses para se refletir plenamente na economia. Atualmente, o BC já considera o cenário para o segundo trimestre de 2027.
Segundo o Boletim Focus, a inflação oficial projetada para os próximos anos é:
Esses números permanecem acima da meta central de 3%, reforçando a expectativa de cautela do BC na redução da Selic.
Fonte: Portal do Agronegócio
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