Publicado em: 10/12/2024 às 10:35hs
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,39% em novembro de 2024, reduzindo-se em 0,17 ponto percentual em relação a outubro, quando marcou 0,56%. No acumulado do ano, o índice registra alta de 4,29%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento é de 4,87%, superior aos 4,76% apurados no período anterior. Em novembro de 2023, a variação havia sido de 0,28%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, três registraram alta em novembro: Alimentação e bebidas (1,55%), Transportes (0,89%) e Despesas pessoais (1,43%). O principal impacto negativo veio do grupo Habitação, com retração de 1,53%.
Alimentação e bebidas: A alimentação no domicílio acelerou de 1,22% em outubro para 1,81% em novembro. Carnes apresentaram forte alta de 8,02%, destacando-se cortes como alcatra (9,31%) e chã de dentro (8,57%). Outros aumentos relevantes foram observados no óleo de soja (11,00%) e no café moído (2,33%). Em contrapartida, houve quedas nos preços da manga (-16,26%), cebola (-6,26%) e leite longa vida (-1,72%).
A alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,88%, impulsionada pela aceleração dos subitens refeição (0,78%) e lanche (1,11%).
Transportes: A alta de 0,89% foi influenciada pelo aumento de 22,65% nas passagens aéreas, que adicionaram 0,13 ponto percentual ao índice. Apesar disso, combustíveis tiveram leve recuo de -0,15%, com quedas no etanol (-0,19%) e na gasolina (-0,16%).
O subitem ônibus urbano subiu 3,64%, refletindo o retorno às tarifas normais após gratuidades em outubro durante eleições municipais.
Despesas pessoais: Influenciado pelo aumento de 14,91% nos preços do cigarro, decorrente da elevação do IPI, o grupo teve impacto de 0,07 ponto percentual no índice. Pacotes turísticos (4,12%) e hospedagem (2,20%) também contribuíram para a alta.
Habitação: O grupo registrou a maior retração do mês (-1,53%), impactado pela queda de 6,27% na energia elétrica residencial, resultado da aplicação da bandeira tarifária amarela. Tarifas de água e esgoto e gás encanado apresentaram variações menores, com reajustes localizados.
Entre as áreas pesquisadas, Rio Branco registrou a maior variação regional (0,92%), puxada pelo aumento nos preços das carnes (8,04%). Em contraste, Porto Alegre teve a menor variação (0,03%), influenciada pela queda na energia elétrica residencial (-7,67%).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,33% em novembro, inferior aos 0,61% registrados em outubro. No ano, acumula alta de 4,27%, enquanto nos últimos 12 meses registra 4,84%, acima dos 4,60% do período anterior.
Produtos alimentícios subiram 1,62%, enquanto itens não alimentícios recuaram 0,08%. Regionalmente, Rio Branco também liderou as altas (0,89%), enquanto Porto Alegre teve leve variação negativa (-0,02%).
Os dados, coletados entre 30 de outubro e 28 de novembro de 2024, refletem as condições de consumo das famílias de diferentes faixas de renda em dez regiões metropolitanas e em municípios específicos, conforme levantamento do IBGE.
Fonte: Portal do Agronegócio
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