Publicado em: 24/10/2025 às 10:55hs
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,18% em outubro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa desaceleração de 0,30 ponto percentual em relação a setembro, quando o índice havia avançado 0,48%.
No acumulado de 2025, o IPCA-15 soma 3,94%, enquanto a alta nos últimos 12 meses é de 4,94%, abaixo dos 5,32% observados no período anterior. Em outubro de 2024, a taxa havia sido de 0,54%.
O grupo Transportes teve o maior impacto positivo no índice, com alta de 0,41% e contribuição de 0,08 ponto percentual no resultado geral.
Segundo o IBGE, o avanço foi impulsionado principalmente pelos combustíveis (1,16%) e pelas passagens aéreas (4,39%).
Entre os combustíveis, etanol (3,09%), gasolina (0,99%) e óleo diesel (0,01%) registraram altas, enquanto o gás veicular caiu 0,40%.
Outros itens que contribuíram para o aumento foram o ônibus urbano (0,32%) e o metrô (0,03%), refletindo reajustes no transporte público em algumas capitais.
O grupo Alimentação e Bebidas, que possui o maior peso no IPCA-15, apresentou queda de 0,02%, marcando o quinto mês consecutivo de recuo nos preços.
A alimentação no domicílio caiu 0,10%, influenciada pela redução nos preços da cebola (-7,65%), ovo de galinha (-3,01%), arroz (-1,37%) e leite longa vida (-1,00%).
Em contrapartida, alguns itens registraram alta, como o óleo de soja (4,25%) e as frutas (2,07%), que continuam pressionadas por fatores sazonais.
A alimentação fora do domicílio subiu 0,19%, mas em ritmo menor que o observado em setembro (0,36%). Os reajustes foram menos intensos tanto para o lanche (0,42%) quanto para a refeição (0,06%), o que ajudou a conter o avanço do grupo.
O grupo Despesas pessoais teve aumento de 0,42%, impulsionado pelos reajustes em cinema, teatro e concertos (2,05%), pacote turístico (1,97%) e empregado doméstico (0,52%).
Já o grupo Habitação desacelerou de 3,31% em setembro para 0,16% em outubro, reflexo da queda de 1,09% na energia elétrica residencial. A redução ocorreu após o retorno da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
Entre os itens que subiram, destacam-se o gás de botijão (1,44%) e o aluguel residencial (0,95%).
Entre as 11 regiões pesquisadas, sete registraram alta em outubro.
A maior variação foi observada em Goiânia (1,30%), impulsionada pelos aumentos expressivos do etanol (23,80%) e da gasolina (10,36%).
Na outra ponta, Belém apresentou queda de 0,14%, influenciada pela redução nos preços do açaí (-6,77%) e do frango inteiro (-3,55%).
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias