Publicado em: 08/11/2024 às 10:20hs
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,56% em outubro, superando em 0,12 ponto percentual a taxa de setembro, que havia sido de 0,44%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta alta de 3,88%, e a taxa dos últimos 12 meses subiu para 4,76%, acima dos 4,42% registrados no período anterior. Em outubro de 2023, o índice havia variado 0,24%.
Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, os maiores impactos vieram de Habitação (1,49%) e Alimentação e bebidas (1,06%), ambos contribuindo com 0,23 ponto percentual para o índice do mês. Outros grupos oscilaram entre o recuo de 0,38% em Transportes e a alta de 0,70% em Despesas Pessoais.
No grupo Habitação, a principal pressão veio da energia elétrica residencial, que subiu 4,74%, influenciada pela bandeira tarifária vermelha, patamar 2, que acrescenta R$7,877 a cada 100 kWh consumidos. Também foram observados reajustes tarifários em Goiânia (9,62%), com alta de 4,97% a partir de 22 de outubro; em Brasília (5,49%), com redução de 2,98%; e em São Paulo (6,00%), com redução de 2,88% em uma das concessionárias a partir de 23 de outubro.
Em Alimentação e bebidas, o aumento da alimentação no domicílio foi significativo, passando de 0,56% em setembro para 1,22% em outubro, puxado pelas carnes, que subiram 5,81%, com destaque para cortes como acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%). Outros aumentos foram registrados no tomate (9,82%) e no café moído (4,01%). Em contrapartida, houve quedas nos preços de itens como manga (-17,97%), mamão (-17,83%) e cebola (-16,04%).
A alimentação fora do domicílio registrou variação de 0,65%, acima da taxa de 0,34% de setembro. Refeições e lanches tiveram alta, com as refeições passando de 0,18% para 0,53% e os lanches de 0,67% para 0,88%.
O grupo Transportes apresentou recuo de 0,38%, com destaque para a queda de 11,50% nas passagens aéreas. Outros itens, como trem (-4,80%), metrô (-4,63%), ônibus urbano (-3,51%) e integração de transporte público (-3,04%), também registraram baixas, devido a gratuidades concedidas em dias de eleições municipais. Entre os combustíveis, houve queda no etanol (-0,56%), no óleo diesel (-0,20%) e na gasolina (-0,13%), enquanto o gás veicular subiu 0,48%.
Em Saúde e cuidados pessoais, houve alta de 0,38%, puxada principalmente pelo reajuste de 0,53% nos planos de saúde, com ajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para planos antigos.
Regionalmente, Goiânia teve a maior variação no índice, com alta de 0,80%, influenciada pela energia elétrica (9,62%) e contrafilé (6,53%). A menor variação foi registrada em Aracaju (0,11%), devido à queda nos preços da gasolina (-2,88%) e do ônibus urbano (-6,22%).
O cálculo do IPCA de outubro considerou os preços coletados entre 28 de setembro e 29 de outubro de 2024, comparados com o período entre 30 de agosto e 27 de setembro de 2024. O indicador, calculado pelo IBGE desde 1980, abrange famílias com rendimento de até 40 salários-mínimos em dez regiões metropolitanas e algumas capitais brasileiras.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,61% em outubro, acima dos 0,48% observados em setembro. No acumulado do ano, o INPC registra alta de 3,92%, e a taxa dos últimos 12 meses é de 4,60%, maior que os 4,09% do período anterior. Em outubro de 2023, a variação havia sido de 0,12%.
O grupo de produtos alimentícios registrou aumento de 1,11%, acima dos 0,49% de setembro, enquanto os não alimentícios ficaram com uma variação de 0,45%, abaixo dos 0,48% de setembro. Goiânia teve o maior aumento regional (0,94%), impulsionado pelo tomate (26,88%) e energia elétrica (9,76%). Em Aracaju, a menor variação foi de 0,09%, refletindo a queda nos preços do ônibus urbano (-6,22%) e da gasolina (-2,88%).
O INPC de outubro foi calculado a partir de preços coletados entre 28 de setembro e 29 de outubro de 2024 e abrange famílias com rendimentos de até 5 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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