Mercado Financeiro

Inflação em leve queda em agosto com IPCA de -0,02%

Habitação e alimentação puxam redução enquanto educação apresenta alta


Publicado em: 10/09/2024 às 10:40hs

Inflação em leve queda em agosto com IPCA de -0,02%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de -0,02% em agosto, uma redução de 0,40 ponto percentual em comparação à taxa de 0,38% de julho. No acumulado do ano, a alta do IPCA é de 2,85%, e nos últimos 12 meses, o índice registra 4,24%, abaixo dos 4,50% verificados nos 12 meses anteriores. No mesmo mês do ano passado, o índice havia subido 0,23%.

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, dois influenciaram diretamente a queda de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), com contribuições negativas de -0,08 e -0,09 ponto percentual (p.p.), respectivamente. Em contrapartida, o maior impacto positivo veio do grupo Educação, com alta de 0,73% e contribuição de 0,04 p.p. Os demais grupos variaram entre a estabilidade em Transportes (0,00%) e a elevação de 0,74% em Artigos de residência.

A retração no grupo Habitação foi impulsionada pela queda de 2,77% na energia elétrica residencial, reflexo do retorno da bandeira tarifária verde. Algumas regiões também registraram ajustes nas tarifas de energia, como Porto Alegre (-0,69%), Vitória (-1,49%), São Paulo (-3,07%), São Luís (-4,52%) e Belém (-5,63%). Por outro lado, a taxa de água e esgoto subiu 0,44%, resultado de reajustes em diversas capitais, como Fortaleza (8,05%) e Salvador (5,81%).

No segmento de Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio apresentou queda de 0,73%, com destaque para a redução nos preços da batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%). Entre os produtos que registraram aumento, o mamão (17,58%) e a banana-prata (11,37%) lideraram as altas. Já a alimentação fora do domicílio variou 0,33%, levemente abaixo do mês anterior (0,39%).

No grupo Transportes, a estabilidade foi resultado de variações opostas: enquanto os combustíveis tiveram alta de 0,61%, com destaque para o gás veicular (4,10%) e a gasolina (0,67%), as passagens aéreas registraram queda de 4,93%.

Já em Educação, o aumento de 0,73% foi impulsionado pelos cursos regulares, especialmente ensino superior (1,09%) e fundamental (0,57%). Cursos de idiomas também contribuíram para o aumento com variação de 0,98%.

Regionalmente, Porto Alegre registrou a maior alta em agosto (0,18%), influenciada pela elevação de 21,59% nas passagens aéreas. Em contrapartida, São Luís apresentou a maior queda (-0,54%), impactada pelas reduções nos preços da energia elétrica residencial (-4,52%) e do tomate (-23,78%).

O cálculo do IPCA de agosto foi baseado nos preços coletados entre 30 de julho e 29 de agosto de 2024, comparados aos vigentes entre 29 de junho e 29 de julho de 2024. O índice reflete o custo de vida de famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas e cidades como Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

INPC registra queda de 0,14% em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) caiu 0,14% em agosto, uma desaceleração de 0,40 p.p. em relação à alta de 0,26% registrada em julho. No ano, o INPC acumula alta de 2,80%, enquanto nos últimos 12 meses o índice registra 3,71%, abaixo dos 4,06% dos 12 meses anteriores. Em agosto de 2023, a variação foi de 0,20%.

Os produtos alimentícios caíram 0,63%, marcando o segundo recuo consecutivo, após queda de 0,95% em julho. Já os produtos não alimentícios desaceleraram para 0,02% em agosto, frente a 0,65% no mês anterior.

Entre os índices regionais, Vitória registrou a maior alta (0,13%) impulsionada pelo reajuste na taxa de água e esgoto (4,04%). Em contrapartida, São Luís apresentou a menor variação (-0,58%), com destaque para a queda nos preços do tomate (-23,78%) e da energia elétrica residencial (-4,50%).

O INPC foi calculado com base nos preços coletados no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024, comparados aos de 29 de junho a 29 de julho de 2024. O índice abrange famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos, com o chefe de família assalariado, em dez regiões metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias