Publicado em: 27/11/2025 às 10:55hs
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou alta de 0,27% em novembro, após registrar queda de 0,36% em outubro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Apesar da elevação mensal, o indicador passou a registrar queda acumulada de 0,11% em 12 meses, marcando a primeira deflação anual desde maio de 2024. A pesquisa da Reuters apontava expectativa de avanço de 0,28%, valor muito próximo ao resultado efetivo.
De acordo com Matheus Dias, economista do FGV IBRE, a deflação acumulada está diretamente relacionada ao comportamento do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% do IGP-M.
“Apesar da alta no mês, chama atenção o retorno da taxa em 12 meses ao campo negativo. Esse resultado reflete as fortes quedas nos preços de produtos industriais e agropecuários ao longo do ano”, explicou o economista.
Em novembro, o IPA subiu 0,27%, revertendo a queda de 0,59% em outubro. Os produtos agropecuários tiveram alta de 0,46%, após queda de 1,45% no mês anterior, enquanto os produtos industriais avançaram 0,21%, ante recuo de 0,28% em outubro.
Segundo Dias, “em boa parte de 2025, prevaleceram reduções expressivas de preços, o que provocou uma desaceleração mais visível a partir de maio”.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% da composição do IGP-M, também apresentou aceleração, passando de 0,16% em outubro para 0,25% em novembro.
Entre os principais grupos que influenciaram o resultado estão:
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) — que representa 10% do IGP-M — subiu 0,28%, acima da alta de 0,21% registrada em outubro.
O IGP-M mede a variação de preços ao produtor, consumidor e no setor da construção civil, sendo amplamente utilizado como referência para reajustes de contratos e aluguéis. O cálculo considera o período entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
O desempenho de novembro mostra que, apesar da leve recuperação mensal, a tendência deflacionária no acumulado anual reflete o impacto da desaceleração das commodities e o comportamento mais estável dos custos industriais e agrícolas no país.
Fonte: Portal do Agronegócio
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