Mercado Financeiro

IGP-DI registra alta acima do esperado em julho

Crescimento impulsionado por commodities e reajustes na gasolina e energia elétrica


Publicado em: 07/08/2024 às 10:45hs

IGP-DI registra alta acima do esperado em julho

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou uma alta de 0,83% em julho, superando a taxa de 0,50% registrada em junho. Com este resultado, o índice acumula um aumento de 1,95% no ano e de 4,16% nos últimos 12 meses. Em julho de 2023, o índice havia caído 0,40% e acumulava uma queda de 7,47% em 12 meses.

O Termômetro CMA projetava uma elevação de 0,65% para julho e uma alta de 4,01% no acumulado de 12 meses. Segundo André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, "a aceleração do índice ao produtor foi impulsionada pelo aumento nos preços das commodities agrícolas e minerais, além da alta no preço da gasolina. A taxa não foi ainda mais expressiva devido à retração dos preços dos alimentos in natura, especialmente hortaliças, legumes e frutas. Já o IPC avançou sob a influência da energia elétrica, devido à prática da bandeira amarela em julho, e da gasolina, após o reajuste no início do mês. Por fim, o INCC manteve-se estável, embora os preços dos materiais e serviços tenham acelerado, enquanto o custo da mão de obra retrocedeu."

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

O IPA subiu 0,93% em julho, após uma taxa de 0,55% em junho. No grupo Bens Finais, a taxa variou de 0,41% em junho para -0,04% em julho, influenciada principalmente pelo subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de -0,23% para -5,83%. O índice de Bens Finais (ex), que exclui alimentos in natura e combustíveis, variou 0,17% em julho, contra 0,50% em junho.

No grupo Bens Intermediários, a taxa passou de 0,45% em junho para 1,29% em julho, com destaque para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que variou de 0,30% para 1,01%. O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui combustíveis e lubrificantes, subiu 1,13% em julho, acima da alta de 0,48% do mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou uma alta de 1,54% em julho, acelerando em relação a 0,80% em junho. Itens como minério de ferro (-2,66% para 1,34%), bovinos (-2,15% para 1,89%) e mandioca (-3,89% para -0,79%) contribuíram para este movimento. Em contrapartida, soja (2,69% para 0,59%), café em grão (11,73% para 5,64%) e cacau (20,10% para -1,59%) registraram desaceleração.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O IPC subiu 0,54% em julho, após variar 0,22% em junho. Cinco das oito classes de despesa registraram acréscimo: Educação, Leitura e Recreação (-0,75% para 3,48%), Transportes (0,19% para 1,09%), Habitação (0,13% para 0,61%), Despesas Diversas (0,44% para 1,84%) e Comunicação (-0,08% para 0,11%). As maiores contribuições vieram de passagem aérea (-4,81% para 21,20%), gasolina (0,61% para 2,90%), tarifa de eletricidade residencial (-0,30% para 2,24%), serviços bancários (0,86% para 3,14%) e mensalidade para TV por assinatura (-0,36% para 1,39%).

Por outro lado, Alimentação (0,50% para -1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% para -0,01%) e Vestuário (0,36% para -0,21%) apresentaram decréscimo, influenciados por hortaliças e legumes (1,57% para -11,72%), artigos de higiene pessoal (1,44% para -1,03%) e roupas (0,33% para -0,40%).

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

O INCC variou 0,72% em julho, ligeiramente acima dos 0,71% registrados em junho. Os grupos componentes apresentaram as seguintes variações: Materiais e Equipamentos (0,38% para 0,71%), Serviços (0,20% para 0,71%) e Mão de Obra (1,23% para 0,74%).

Núcleo do IPC e Índice de Difusão

O núcleo do IPC registrou uma taxa de 0,32% em julho, ligeiramente abaixo dos 0,34% de junho. Dos 85 itens componentes do IPC, 38 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 26 apresentaram taxas abaixo de 0,00% e 12 registraram variações acima de 0,60%. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com variação positiva, foi de 54,52%, um aumento em relação aos 54,19% de junho.

Fonte: Portal do Agronegócio

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