Publicado em: 07/10/2025 às 16:30hs
O agronegócio é responsável por quase 30% do PIB brasileiro e segue como um dos pilares da economia nacional. No entanto, a combinação de juros elevados, custos crescentes de insumos e volatilidade climática torna o acesso ao crédito cada vez mais desafiador para produtores e empresas do setor.
Nesse cenário, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) surgem como uma alternativa eficiente ao crédito público, oferecendo previsibilidade, velocidade e segurança nas operações financeiras. No primeiro semestre de 2025, o patrimônio líquido da categoria atingiu R$ 687 bilhões, representando um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do mercado.
Especialistas destacam que os FIDCs se diferenciam por maior estabilidade e vantagens competitivas, consolidando-se como uma solução alinhada às necessidades do crédito no Brasil.
Uma das vantagens do crédito estruturado é a possibilidade de adequar operações às especificidades de cada cadeia agrícola. Diferentemente do crédito tradicional, que segue padrões rígidos, os FIDCs permitem levar em consideração ciclos produtivos, fluxo de caixa e riscos específicos do setor.
A Multiplike, por exemplo, já possui R$ 4,1 bilhões alocados em operações voltadas ao agronegócio, refletindo o crescimento da demanda por soluções financeiras estruturadas.
“A alocação de capital no Agro pode ser ampliada conforme o apetite do mercado. Temos porte, liquidez e governança para aumentar o volume destinado ao setor sempre que houver necessidade”, afirma Volnei Eyng, CEO da Multiplike.
Os fundos da Multiplike são estruturados no modelo multicedente/multissacado, garantindo flexibilidade na aceitação de lastros e adaptando-se às particularidades dos ativos do agronegócio. Esse tipo de estrutura permite maior aderência às necessidades das empresas, ao mesmo tempo em que assegura segurança jurídica e eficiência operacional.
Na prática, o crédito estruturado funciona como uma forma moderna de financiamento rural, oferecendo vantagens frente ao crédito público limitado por contingenciamentos fiscais e sazonalidade política. Estruturas híbridas podem combinar garantias reais, contratos futuros e análise individualizada da capacidade de pagamento, garantindo autonomia financeira, atração de capital de longo prazo e menor exposição a ciclos políticos.
Atualmente, cerca de 9% da carteira total da Multiplike está alocada no agronegócio, com tendência de crescimento contínuo nos próximos trimestres.
Segundo Volnei Eyng, o crédito privado estruturado é uma ferramenta que destrava o potencial do agronegócio brasileiro.
“O crédito estruturado é uma forma mais moderna, inteligente e ágil de acessar capital, respeitando a lógica do setor e impulsionando o crescimento do agronegócio”, conclui o CEO.
A tendência é que os FIDCs continuem ganhando relevância, oferecendo soluções personalizadas, governança sólida e inovação financeira, e contribuindo para fortalecer a competitividade e sustentabilidade do setor agrícola.
Fonte: Portal do Agronegócio
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