Publicado em: 22/10/2025 às 16:00hs
Os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagros) vêm se consolidando como uma alternativa estratégica de financiamento no Brasil. Criados em 2021, esses fundos já movimentam mais de R$ 32 bilhões em patrimônio líquido e reúnem mais de 420 mil investidores.
Em 2024, os Fiagros registraram crescimento de dois dígitos no número de cotistas, acompanhando a alta na emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e a busca por crédito fora do sistema bancário tradicional. Esse movimento atende à demanda de produtores rurais e agroindústrias por capital frente à volatilidade climática, oscilações de preços internacionais e aumento dos custos de insumos.
Além de democratizar o acesso ao setor, os Fiagros contribuem para ampliar a liquidez do agronegócio e reduzir a dependência do crédito público, reforçando seu papel estratégico na economia nacional.
Dentro desse cenário, a Asset Bank anunciou a abertura do FIDC Fiagro Campo Arado, fundo estruturado para financiar o ciclo produtivo de agricultores e agroindústrias.
O fundo busca diversificação setorial (soja, milho, café, cana e pecuária) e geográfica, distribuindo operações em diferentes estados para reduzir riscos climáticos e de mercado. “Nosso objetivo é oferecer crédito estruturado que acompanhe o ciclo produtivo, fortalecendo a relação de longo prazo com produtores e agroindústrias”, explica Gustavo Assis, CEO da Asset Bank.
Histórico operacional e política de garantias
Antes de ser aberto ao público, o Campo Arado operou por mais de dois anos com recursos próprios e investidores estratégicos, acumulando recebíveis pagos, operações liquidadas e renovações de crédito.
O fundo adota uma política de garantias robusta, com destaque para:
Essa diversificação de garantias oferece proteção sólida aos investidores, característica comum nas operações de crédito do agronegócio.
O Campo Arado oferece cotas sêniores com remuneração de CDI + 4%, aproveitando as vantagens tributárias do formato Fiagro:
O fundo abriu aportes iniciais de R$ 20 milhões na primeira tranche, mantendo subordinação superior a 20%, considerada elevada para proteção dos cotistas. Novas tranches de R$ 20 milhões serão abertas até atingir o limite de R$ 200 milhões.
“Após dois anos testando o modelo com capital próprio e construindo histórico sólido, entendemos que o Campo Arado está pronto para dar esse passo. O investidor encontra aqui uma oportunidade segura, lastreada em ativos reais e com impacto direto no desenvolvimento do agro brasileiro”, conclui Gustavo Assis.
Fonte: Portal do Agronegócio
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