Publicado em: 17/09/2025 às 11:10hs
As exportações brasileiras de café começaram a safra 2025/26 em ritmo lento. De acordo com dados do Cecafé analisados pelo Cepea, o Brasil embarcou 5,89 milhões de sacas entre julho e agosto, queda de 22,3% em comparação ao mesmo período da temporada anterior — o que representa 1,695 milhão de sacas a menos. Esse é o menor volume exportado para o período desde 2022/23.
A retração está relacionada, principalmente, à menor colheita registrada neste ano e ao impacto da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. Em agosto, inclusive, a Alemanha ultrapassou os norte-americanos como principal destino do café brasileiro.
Apesar da redução nos embarques, a receita obtida foi recorde. Com preços médios mais altos no mercado internacional, as vendas externas somaram US$ 2,14 bilhões nos dois primeiros meses da safra.
O mercado internacional de café registrou forte realização de lucros nesta quarta-feira (17), com recuos expressivos nas bolsas de Nova York e Londres. Segundo o Escritório Carvalhaes, a combinação de estoques reduzidos, quebra da safra brasileira de 2025, clima irregular e a tarifa sobre as exportações para os EUA têm alimentado grande volatilidade nas cotações.
A ausência de chuvas em Minas Gerais, principal estado produtor, aumenta as preocupações com a florada dos cafezais e, consequentemente, com o potencial produtivo da safra 2026. Dados do Climatempo apontam que, até 13 de setembro, não houve registro de precipitação significativa na região.
Perto das 9h20 (horário de Brasília), os contratos de arábica em Nova York operavam em queda:
No robusta, em Londres, os preços também recuaram:
Na véspera, o café arábica já havia registrado forte oscilação em Nova York. Após alcançar os maiores níveis em sete meses, os preços encerraram o pregão em queda, influenciados por correções técnicas e movimentos de realização de lucros.
Os contratos com vencimento em dezembro/2025 fecharam a 409,35 cents/lbp, com recuo de 2%. Já a posição para março/2026 terminou a 390,55 cents/lbp, baixa de 2,6%.
Apesar da pressão recente, analistas destacam que fatores como a safra menor no Brasil, o clima seco e a incerteza em torno da tarifa dos EUA seguem oferecendo suporte ao mercado.
Fonte: Portal do Agronegócio
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