Mercado Financeiro

Economia Brasileira: Galípolo Destaca Necessidade de Cautela e Depende de Dados para Próxima Reunião do Copom

Diretor do Banco Central aponta resiliência econômica e a importância de uma abordagem cuidadosa em face das expectativas e indicadores recentes


Publicado em: 27/08/2024 às 10:40hs

Economia Brasileira: Galípolo Destaca Necessidade de Cautela e Depende de Dados para Próxima Reunião do Copom

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, ressaltou nesta segunda-feira a postura conservadora da instituição frente à atual resiliência da economia brasileira. Em evento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado do Piauí em Teresina, Galípolo destacou que o Comitê de Política Monetária (Copom) está avaliando com cautela os dados econômicos disponíveis, mantendo todas as opções em aberto para sua próxima reunião, marcada para setembro.

Galípolo observou que o dinamismo da economia não pode resultar em um crescimento desordenado, que poderia desestabilizar a inflação. "O Banco Central deve agir com cautela diante de dados que indicam um cenário econômico brasileiro diferente do dos Estados Unidos, que está apresentando sinais de moderação. Aqui, estamos testemunhando uma maior resiliência da atividade econômica", afirmou ele.

O diretor explicou que, por conta desse cenário, o Banco Central interrompeu o ciclo de cortes na taxa de juros e agora depende de novos dados para determinar a direção futura da política monetária. "A função do Banco Central é manter uma abordagem cuidadosa, considerando que a economia pode estar em um estágio diferente do que a observada em economias mais avançadas", acrescentou Galípolo.

As expectativas para a atividade econômica têm sido ajustadas para cima, com o boletim Focus do Banco Central revelando uma previsão de crescimento do PIB de 2,43% para 2024, uma revisão em relação à previsão anterior de 2,23%. Esse ajuste positivo segue a divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) para junho, que registrou um crescimento de 1,4% em relação a maio, superando as expectativas de economistas.

O mercado de trabalho também tem mostrado sinais positivos, com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, antecipando dados robustos sobre o emprego formal a serem divulgados ainda esta semana.

Galípolo ainda mencionou que as expectativas para a inflação permanecem voláteis, mesmo com projeções de que taxas de juros mais restritivas podem ser necessárias para alcançar a meta de 3%. Na última reunião, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, destacando a possibilidade de elevação da taxa se necessário para garantir o cumprimento da meta de inflação.

Fonte: Portal do Agronegócio

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