O dólar opera em alta nesta segunda-feira (6), com aversão ao risco no exterior após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar elevar tarifas sobre a China, um novo revés em uma disputa comercial que já dura meses.

Às 10h28, a moeda norte-americana subia 0,76%, vendida a R$ 3,9691.

No domingo, Trump anunciou que os Estados Unidos vão aumentar para 25% as tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses importados. Ele também lamentou que as negociações comerciais entre os dois países estejam avançando "muito lentamente".

Os mercados globais tiveram um forte abalo nesta segunda-feira (6) após o anúncio do presidente dos EUA. Os investidores foram pegos de surpresa pelas ameaças de Trump, uma vez que a expectativa era de avanço nas negociações comerciais entre as duas potências. Os principais índices acionários da China mostraram sua maior queda em mais de três anos.

A B3, principal indicador da bolsa paulista, operava em queda de mais de 1%.

No cenário local, os trabalhos para aprovar a reforma da Previdência ficaram pausados na semana passada por corta do feriado de 1º de maio, e a expectativa é que a discussão seja retomada na comissão especial nesta terça-feira (7).

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de 10,089 bilhões de dólares.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 3,9390, em queda de 0,51%. Na semana passada, o dólar acumulou alta de 0,20%. Em 2019, subiu 1,67%.