Publicado em: 30/06/2025 às 11:00hs
Na manhã desta segunda-feira (30), o dólar registrava alta de 0,25%, cotado a R$ 5,4969 por volta das 9h30. O movimento ocorre na última sessão de junho, com os mercados atentos à divulgação de dados econômicos no Brasil e no exterior.
Na sexta-feira anterior, a moeda norte-americana havia recuado 0,27%, encerrando cotada a R$ 5,4834. Já o Ibovespa fechou com queda de 0,18%, aos 136.866 pontos. As negociações no principal índice da bolsa brasileira começam às 10h.
Na semana passada, o Congresso Nacional derrubou o decreto presidencial que aumentava a alíquota do IOF em determinadas operações de crédito. A medida, segundo o Ministério da Fazenda, pode reduzir em R$ 10 bilhões a arrecadação em 2024, pressionando o Orçamento do próximo ano.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para avaliar se a decisão da Câmara fere a autonomia dos poderes. Caso haja entendimento de usurpação de competência, o governo poderá judicializar a questão.
Haddad defendeu o decreto, negando que o objetivo fosse arrecadatório, e alertou para a necessidade de cumprir metas fiscais diante da nova realidade orçamentária.
Com a trégua no Oriente Médio, o mercado volta a focar nas tensões comerciais. A suspensão de 90 dias do tarifaço proposto por Donald Trump está próxima do fim, e a falta de acordos preocupa investidores.
Nesta segunda-feira, o Canadá anunciou a retirada de seu imposto sobre serviços digitais direcionado a empresas americanas, em tentativa de retomar negociações comerciais com os EUA.
Enquanto isso, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou em audiência no Congresso que avaliará os efeitos do tarifaço sobre a inflação antes de qualquer decisão sobre os juros. A postura cautelosa do Fed tem sido alvo de críticas do ex-presidente Trump, que chegou a chamar Powell de “burro” e “teimoso” em postagens nas redes sociais.
O mercado financeiro inicia a semana com atenção redobrada a uma série de indicadores econômicos, enquanto acompanha os desdobramentos fiscais internos e as tensões comerciais externas. A movimentação do dólar reflete a sensibilidade dos investidores diante de um cenário repleto de incertezas.
Com informações da agência de notícias Reuters.
Fonte: Portal do Agronegócio
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