Publicado em: 11/12/2024 às 10:10hs
O dólar iniciou esta quarta-feira em alta, impulsionado pela expectativa de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, prevista para o fechamento dos mercados. A estimativa do mercado é de um novo aumento na taxa básica de juros (Selic), sinalizando continuidade ou intensificação do ciclo de aperto monetário.
No exterior, os holofotes estão sobre os dados de inflação nos Estados Unidos, que alimentam a expectativa de um novo corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima reunião, programada para a semana que vem.
Às 09h12, o dólar era cotado a R$ 6,0607, alta de 0,06%. No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,58%, encerrando a sessão a R$ 6,0469. No acumulado do ano, o dólar registra avanço de 24,61%, apesar de uma queda de 0,40% na semana.
No mercado acionário, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou a terça-feira em alta de 0,80%, atingindo 128.228 pontos. O índice acumula ganhos de 1,81% na semana e 2,04% no mês, embora registre um recuo de 4,44% no ano.
Com uma agenda doméstica de indicadores econômicos limitada, as atenções dos investidores estão voltadas para a decisão do Copom. O consenso aponta para um aumento da Selic entre 0,75 e 1 ponto percentual. Analistas acreditam que o Banco Central deverá manter um ciclo prolongado de elevações, considerando o cenário de inflação elevada, desvalorização cambial e desafios externos.
No último relatório de inflação, o IPCA de novembro subiu 0,39%, desacelerando frente aos 0,56% de outubro, mas superando a expectativa do mercado, que previa alta de 0,34%. O resultado reforça as projeções de juros elevados no médio prazo.
No campo fiscal, o governo federal enfrenta resistência no Congresso para aprovar seu pacote de cortes de gastos. Como estratégia, planeja liberar R$ 3,2 bilhões em emendas PIX para garantir apoio parlamentar. A medida ocorre em meio à recente decisão do ministro Flávio Dino, do STF, que manteve exigências sobre a liberação de emendas.
Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor, também divulgado nesta quarta-feira, é uma variável crucial para a política monetária do Fed. Dados recentes do mercado de trabalho mostraram aceleração na criação de empregos em novembro, embora o panorama geral aponte para um enfraquecimento gradual das condições de trabalho, favorecendo novos cortes na taxa de juros.
Com informações da Reuters
Fonte: Portal do Agronegócio
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