Publicado em: 17/11/2025 às 10:54hs
O dólar iniciou a semana com variação moderada e segue negociado próximo de R$ 5,30, em linha com o comportamento do mercado internacional. Por volta das 10h desta segunda-feira (17), a moeda norte-americana registrava leve alta, refletindo o tom cauteloso dos investidores diante de novos indicadores econômicos.
Na B3, o contrato futuro de dólar para dezembro, o mais negociado, também operava em leve avanço, acompanhando a movimentação global da divisa.
O Banco Central do Brasil (BCB) realizou, nesta manhã, dois leilões de câmbio com o objetivo de manter a liquidez e reduzir oscilações no mercado: um leilão de linha — que consiste na venda de dólares com compromisso de recompra — e outro de swap cambial, voltado à rolagem de contratos que vencem em dezembro.
As operações reforçam o compromisso da autoridade monetária em suavizar movimentos bruscos na taxa de câmbio, especialmente em períodos de maior sensibilidade no cenário externo.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) — considerado uma prévia do PIB — recuou 0,20% em setembro frente a agosto, na série com ajuste sazonal. O resultado veio pior que o esperado pelo mercado, que projetava queda de 0,10%.
No acumulado do terceiro trimestre, a atividade apresentou contração de 0,9% em relação aos três meses anteriores, apontando um ritmo mais lento na economia brasileira. Setores como indústria, serviços e agropecuária tiveram desempenho abaixo do esperado, refletindo a perda de fôlego da demanda doméstica e os impactos do crédito mais caro.
Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, a política monetária tem produzido os efeitos esperados, embora de forma gradual.
O resultado do IBC-Br reforça a percepção de que a economia segue em processo de desaceleração, o que pode abrir espaço para futuras discussões sobre o rumo da taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano.
Apesar da leve valorização recente, o câmbio continua em patamar estável, o que reduz a pressão sobre a inflação e mantém o real entre as moedas emergentes com desempenho mais equilibrado no ano.
Os próximos dias devem ser marcados pela divulgação de novos indicadores no Brasil e nos Estados Unidos, que podem influenciar diretamente a trajetória do dólar e dos juros.
No cenário externo, investidores aguardam dados de inflação e atividade norte-americana para ajustar as apostas sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve.
Fonte: Portal do Agronegócio
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