Publicado em: 09/12/2024 às 10:30hs
O dólar opera em queda nesta segunda-feira (9), após encerrar a última sessão com um novo recorde nominal, cotado a R$ 6,0713. A moeda norte-americana registrava baixa de 0,17%, sendo negociada a R$ 6,0608 às 9h18. Na sexta-feira (6), a valorização do dólar foi de 1%, acumulando ganhos de 1,18% na semana e no mês, e alta de 25,12% no ano.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, recuou 1,50% no último pregão, fechando aos 125.946 pontos. O índice acumulou avanço semanal e mensal de 0,22%, mas registrou queda de 6,14% no acumulado do ano. As negociações no mercado acionário brasileiro tiveram início às 10h desta segunda-feira.
Os investidores iniciam a semana atentos a uma série de indicadores econômicos. No Brasil, a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), prevista para terça-feira (10), deve fornecer novas diretrizes para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). A reunião do colegiado do Banco Central, marcada para quarta-feira, poderá resultar em mais um aumento da taxa Selic.
De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda, as expectativas do mercado para a inflação de 2024 subiram para 4,84%, ultrapassando o teto da meta estabelecida em 4,50%. O cenário mantém a pressão sobre a política monetária, reforçando a possibilidade de continuidade no ciclo de alta dos juros.
Nos Estados Unidos, o foco está nos dados de inflação ao consumidor, também aguardados para esta semana. Esse indicador é fundamental para as próximas decisões do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Relatórios recentes, como o payroll divulgado na última sexta-feira, mostraram uma aceleração na criação de vagas de emprego, com 227 mil postos abertos em novembro, apesar de adversidades como furacões e greves. No entanto, a taxa de desemprego subiu para 4,2%, sinalizando um mercado de trabalho em enfraquecimento.
Especialistas, como Caio Megale, economista-chefe da XP Investimentos, afirmam que o ambiente atual de desaceleração econômica e inflação moderada poderá permitir novos cortes de juros pelo Fed. Contudo, as condições para 2025 apresentam maior complexidade, com sinais de proteção econômica por parte do governo americano e possíveis aumentos de tarifas comerciais, conforme sinalizado pelo presidente eleito Donald Trump.
Na China, indicadores de preços ao consumidor e no atacado sugerem enfraquecimento econômico, o que levou o governo a anunciar novos incentivos fiscais e monetários para 2025. Enquanto isso, na Europa, os mercados aguardam a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
Geopolítica também entra no radar com as tensões na Síria, que continuam a influenciar o humor dos mercados globais.
O cenário doméstico e internacional mantém os mercados em estado de alerta. Com dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, além de decisões importantes de política monetária, a semana promete ser movimentada, influenciando diretamente as negociações com o dólar e o mercado acionário.
Fonte: Portal do Agronegócio
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