Publicado em: 13/10/2025 às 10:50hs
O dólar abriu em queda nesta segunda-feira (13), refletindo o tom mais ameno adotado por Donald Trump em relação à China. Por volta das 9h35, a moeda norte-americana recuava 0,48%, sendo negociada a R$ 5,4782. Na sexta-feira (10), o dólar havia avançado 2,38%, encerrando o pregão a R$ 5,5031.
Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), inicia o dia com expectativa de recuperação após ter caído 0,73%, aos 140.680 pontos, no último fechamento.
O início da semana é marcado por cautela nos mercados internacionais. Nos Estados Unidos, investidores monitoram o shutdown, que mantém parte das atividades do governo federal paralisadas, e as recentes declarações de Trump, que adotou um discurso mais conciliador sobre a China, reduzindo momentaneamente as tensões comerciais.
Esses fatores trazem algum alívio para os ativos de risco, mas o sentimento global segue misto, com investidores ainda avaliando os impactos fiscais e monetários de curto prazo.
A valorização recente do dólar reflete o aumento da aversão ao risco global, embora o real ainda acumule ganhos expressivos no ano, sustentado pela entrada de capital estrangeiro e pela política monetária doméstica mais estável.
De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central, o mercado financeiro reduziu levemente as projeções de inflação para 2025, enquanto manteve estáveis as expectativas de juros e crescimento econômico.
A mediana das projeções para o IPCA — índice oficial de inflação — caiu de 4,80% para 4,72% em 2025, permanecendo 0,22 ponto acima do teto da meta, de 4,50%. Há um mês, a previsão era de 4,83%.
Para a taxa Selic, o consenso do mercado continua em 15% no fim de 2025, marcando a 16ª semana consecutiva sem alteração. Para 2024, a projeção segue em 12,25%.
O PIB brasileiro deve crescer 2,16% em 2025 e 1,80% em 2024, segundo as estimativas — ambas estáveis em relação às semanas anteriores.
Analistas apontam que a combinação de inflação sob controle, juros altos e alívio no câmbio cria um cenário favorável para ativos locais, embora a volatilidade externa, especialmente vinda dos Estados Unidos e da China, siga determinante para o rumo dos mercados nesta semana.
Fonte: Portal do Agronegócio
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