Publicado em: 04/08/2025 às 10:14hs
O dólar iniciou o pregão desta segunda-feira (4) com recuo de 0,18%, sendo cotado a R$ 5,5347 por volta das 9h10. A semana começa com uma agenda cheia para o mercado financeiro, marcada pela expectativa em torno das atas das últimas reuniões de política monetária do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve (Fed), além da iminência do chamado “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na última sexta-feira (1º), a moeda americana havia fechado com queda de 1,01%, cotada a R$ 5,5445, enquanto o Ibovespa recuou 0,48%, aos 132.437 pontos. As negociações do índice brasileiro têm início às 10h desta segunda.
O centro das atenções continua sendo o início das novas tarifas aplicadas pelos EUA, que devem entrar em vigor na próxima quarta-feira (6) para o Brasil, com uma alíquota de 50% sobre diversos produtos nacionais. Apesar de o governo norte-americano ter anunciado algumas exceções, as negociações com o Brasil seguem em andamento.
Na semana passada, o vice-presidente Geraldo Alckmin declarou, durante entrevista à TV Globo, que as conversas com os EUA estão apenas no início e que o governo brasileiro já possui um plano praticamente finalizado para mitigar os impactos e proteger empregos e setores afetados.
Investidores também aguardam a divulgação das atas do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve, previstas para os próximos dias. Na semana passada, ambas as instituições optaram por manter suas taxas de juros inalteradas. A Selic segue em 15% ao ano, enquanto os juros americanos permanecem entre 4,25% e 4,50% ao ano, refletindo o ambiente de incerteza diante dos impactos das novas tarifas.
O mercado também está atento à divulgação de novos dados econômicos, tanto no Brasil quanto no exterior. Entre os destaques estão:
Confira os principais números do dólar e do Ibovespa:
A ordem executiva assinada por Trump na última quinta-feira (31) alterou e ampliou as tarifas aplicadas a diversos países. As novas alíquotas variam entre 10% e 41%, mas o Brasil ficou com a maior taxação, de 50%, com início previsto para o dia 6 de agosto.
Entre os outros países mais afetados estão Síria (41%), Laos e Mianmar (40%). Já Reino Unido e Ilhas Malvinas foram os menos tarifados, com 10%.
Segundo comunicado da Casa Branca, a medida contra o Brasil foi motivada por ações consideradas “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”. A decisão também mencionou prejuízos a empresas norte-americanas e à liberdade de expressão.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na sexta-feira (1º) que o Brasil não pretende adotar medidas de retaliação. Segundo ele, o foco está em ações de proteção à soberania nacional, à indústria e ao agronegócio.
“Não houve desistência da decisão [de retaliar], porque essa decisão não foi tomada. Nós nunca usamos esse verbo. São ações de proteção da nossa soberania, da nossa indústria, do nosso agronegócio”, afirmou Haddad.
Resumo da agenda da semana:
Com isso, os investidores seguem atentos aos desdobramentos da política econômica internacional e às reações do governo brasileiro diante do novo cenário imposto pelo tarifaço dos EUA.
Fonte: Portal do Agronegócio
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