Publicado em: 28/08/2018 às 10:40hs
Após abrir em queda, o dólar passou a operar em alta nesta terça-feira (28), com investidores acompanhando o cenário externo e de olho no cenário eleitoral. Na última semana, a moeda dos EUA subiu quase 5%.
Às 9h27, a moeda norte-americana subia 0,62%, vendida a R$ 4,1064. Na máxima do dia, a divisa atingiu R$ 4,1134.
O cenário doméstico sugere cautela, diante da indefinição das eleições presidenciais de outubro.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de setembro, no total de US$ 5,255 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,57%, vendida a R$ 4,0812. No ano, o dólar acumula alta de mais de 23%, segundo o ValorPro.
Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram uma fraqueza de candidatos voltados a reformas alinhadas com o mercado. Além disso, o nervosismo gera maior demanda por proteção, o que pressiona o real. Exportadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados correm para comprar e ajudam a elevar o preço da moeda americana.
Outro fator que pressiona o câmbio é a perspectiva de elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes.
A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar e que o mercado irá ficar testando novas máximas até achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.
Fonte: G1
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