Publicado em: 02/10/2018 às 10:40hs
O dólar opera em queda nesta terça-feira (2), abaixo de R$ 4, com os investidores ajustando suas posições após divulgação da pesquisa Ibope na noite do dia anterior.
Às 10h19, a moeda norte-americana caía 1,66%, vendida a R$ 3,3908.
Na mínima do dia até o momento, o dólar alcançou R$ 3,9478, e na máxima, R$ 3,9974. No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,51%, vendida a R$ 4,0174.
No exterior, o dólar avançava em meio às preocupações com a situação da Itália pode fazer o caminho inverso da véspera e conter um pouco o otimismo local.
A valorização do real vai na contramão das moedas de mercados emergentes, que eram presssionadas pelo dólar forte e a alta nos preços do petróleo para mais de 85 dólares o barril.
Os preços do petróleo subiram quase 3% na segunda-feira, chegando a uma máxima de quatro anos e levantando a perspectiva de inflação mais alta e mais pressão sobre o crescimento em países que precisam comprar suas necessidades de combustível.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de US$ 8,027 bilhões. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Novo patamar e perspectivas
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 caiu de R$ 3,90 para R$ 3,89 por dólar, segundo o boletim Focus do Banco Central divulgado na segunda. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,80 para R$ 3,83 por dólar.
Desde agosto, o dólar tem se mantido acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores passaram a comprar dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado. Na avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas considerados fundamentais para o ajuste das contas públicas.
Na prática, as flutuações atuais ocorrem principalmente conforme cresce a procura pelo dólar: se os investidores veem um futuro mais incerto ou arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.
Fonte: G1
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