Mercado Financeiro

Dólar opera em queda de olho na reunião do Fed

Na terça-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,23%, a R$ 5,46


Publicado em: 28/04/2021 às 10:20hs

Dólar opera em queda de olho na reunião do Fed

O dólar opera em queda nesta quarta-feira (26), com os investidores à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e digerindo os mais recentes desdobramentos políticos em Brasília, como a instalação da CPI da Covid-19 e mudanças no Ministério da Economia.

Às 9h46, a moeda norte-americana caía 0,68%, vendida a R$ 5,4228.

Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 0,23%, a R$ 5,46. No mês, a queda acumulada é de 2,98%. No ano, o avanço é de 5,26%.

Cenário

O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) divulga nesta tarde a sua decisão de política monetária. A taxa básica de juros está entre 0% e 0,25% e a expectativa é de manutenção nesse patamar.

A expectativa do mercado é que o comunicado do Fed deve seguir em grande parte o molde estabelecido em dezembro, quando o banco central dos EUA disse que não mudaria sua postura até que houvesse "progresso substancial" em direção a sua meta de emprego máximo e inflação de 2%.

Na agenda local, o Ministério da Economia divulgará os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março. Já a Secretaria do Tesouro Nacional anunciará o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (DPF) de março.

Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou numa ampla reformulação na equipe da pasta. O ministro decidiu trocar secretários de Fazenda, do Tesouro, de Orçamento e do PPI. Assessora especial também deixou o cargo.

"A percepção gerada foi que Paulo Guedes segue perdendo força e que essa foi a solução para abrir espaço para recriação de outros ministérios, com o predomínio do centrão dentro do governo. Agora certamente bem mais gastador", avaliou Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco Modalmais.

Os desdobramentos da CPI da Covid permanecia como ponto de atenção, uma vez que os investidores temem possíveis impactos políticos da investigação sobre o andamento de reformas, como administrativa e tributária.