Mercado Financeiro

Dólar mantém queda e recua abaixo de R$ 5,25

Na quinta-feira, a moeda norte-americana fechou em queda de 1,62%, a R$ 5,2779 – menor valor desde janeiro


Publicado em: 07/05/2021 às 10:25hs

Dólar mantém queda e recua abaixo de R$ 5,25

O dólar opera em alta nesta sexta-feira (7), mas caminha para fechar sua sexta semana consecutiva em baixa ante o real em meio à perspectiva de novas elevações na taxa básica de juros no Brasil.

Às 9h48, a moeda norte-americana caía 0,55%, cotada a R$ 5,2490. Na mínima do dia até o momento chegou a R$ 5,2442.

Na quinta-feira, o dólar fechou em queda de 1,62%, a R$ 5,2779 – menor cotação desde 16 de janeiro (R$ 5,2073). Na parcial da semana e do mês, o dólar tem queda acumulada de 2,82%. No ano, o avanço ainda é de 1,75%.

Cenário

O recuo do dólar frente ao real ocorre diante da expectativa da continuidade de elevações na taxa básica de juros no Brasil, o que ajudaria a recompor de forma mais robusta o chamado diferencial de juros com o exterior, o que favorece o fluxo de dólares para o país.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 2,75% para 3,5% ao ano. Segundo analistas, uma nova alta de 0,75 ponto percentual deve ocorrer também na próxima reunião, em junho.

A Selic em alta aumenta a diferença entre os retornos oferecidos no Brasil ante os dos Estados Unidos e de outros mercados emergentes, o que eleva a atratividade do real, potencialmente valorizando a moeda.

A projeção atual do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2021 é de R$ 5,40 por dólar, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central,

Na agenda de indicadores do dia, os EUA divulgam dados sobre o mercado de trabalho e desemprego em abril.

Por aqui, o IBGE divulgou que as vendas do comércio varejista tiveram queda de 0,6% em março, na comparação com fevereiro. Com o resultado, o setor encerrou o primeiro trimestre do ano também com queda de 0,6%.

Já a Fundação Getulio Vargas mostrou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou a subir 2,22% em abril, ante alta de 2,17% no mês anterior, com a aceleração dos preços de algumas commodites elevando a inflação ao produtor.