Publicado em: 26/05/2025 às 10:30hs
O dólar abriu estável nesta segunda-feira (26), cotado a R$ 5,6470. Na sexta-feira (23), a moeda norte-americana havia registrado queda de 0,27%, fechando a R$ 5,6460. Já o Ibovespa encerrou o último pregão em alta de 0,40%, aos 137.824 pontos.
O mercado financeiro repercute o adiamento das tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia, anunciadas na última sexta-feira (23) pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Após um pedido da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump concordou em postergar a medida para o dia 9 de julho, abrindo espaço para negociações. As tarifas impactariam itens como medicamentos, bens de luxo e produtos de grandes marcas europeias, como carros da BMW e bolsas francesas.
Com os Estados Unidos em feriado pelo Memorial Day, as atenções do mercado se voltam para a Europa. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, deve discursar nesta segunda-feira, podendo trazer sinais sobre os rumos das tarifas norte-americanas e da política de juros na zona do euro.
No Brasil, os investidores aguardam declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o aumento do IOF. O governo ainda não detalhou a perda de arrecadação após revogar o reajuste da alíquota para investimentos no exterior.
A tentativa de elevar o IOF foi mal recebida pelo mercado, gerando desconforto e interpretações de que o governo buscava aumentar a arrecadação em vez de cortar gastos. Após as críticas, a medida foi retirada. Haddad, no entanto, não descartou novos bloqueios no orçamento.
O presidente em exercício do Banco Central, Gabriel Galípolo, avaliou que o objetivo do Ministério da Fazenda era manter o compromisso com a meta fiscal e elogiou a rápida resposta do governo ao recuar da medida.
Galípolo também ressaltou que, diante do desempenho surpreendente da economia brasileira, será necessário manter a taxa de juros em um patamar mais elevado por mais tempo, como forma de controlar a inflação.
A nova edição do Boletim Focus elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024, de 2,02% para 2,14%. A estimativa para a inflação foi mantida em 5,50%.
A semana reserva divulgações importantes no cenário econômico brasileiro:
Nos Estados Unidos, segue a tramitação do projeto batizado de One Big Beautiful Bill Act, proposto por republicanos como parte da campanha de Donald Trump. A proposta, aprovada pela Câmara e agora em análise no Senado, visa tornar permanentes os cortes de impostos sobre renda e herança implementados em 2017. Também propõe isenções sobre gorjetas, horas extras e juros de certos empréstimos, conforme promessas de campanha de Trump.
A estabilidade do dólar nesta segunda reflete o alívio momentâneo com o adiamento das tarifas de Trump e a expectativa por novas decisões econômicas, tanto no Brasil quanto no exterior. O mercado segue atento ao cenário fiscal brasileiro, às falas de autoridades econômicas e aos próximos indicadores que serão divulgados ao longo da semana.
Fonte: Portal do Agronegócio
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