Publicado em: 08/12/2025 às 10:50hs
O dólar abriu a sessão desta segunda-feira (8) em leve queda, sendo negociado a R$ 5,42, após ter disparado mais de 2% na sexta-feira (6) e alcançado o maior valor em quase dois meses. A correção ocorre em meio a um cenário de maior cautela dos investidores, influenciado por fatores políticos e pela busca de equilíbrio no mercado cambial.
No pré-mercado dos Estados Unidos, o ETF EWZ, que replica o desempenho das principais empresas brasileiras listadas em Nova York, registrava avanço de 1,56%, sinalizando melhora na percepção de risco em relação ao Brasil.
O Ibovespa também iniciou o dia em recuperação, operando próximo dos 157.378 pontos, após queda de 4,31% na sessão anterior. O movimento indica uma tentativa de recuperação das perdas recentes, em meio à valorização de ativos de risco e à redução da pressão sobre o câmbio.
Analistas apontam que parte do ajuste é reflexo da correção natural do mercado após a forte volatilidade da semana passada. Além disso, investidores seguem atentos ao cenário político e às possíveis repercussões econômicas das declarações de lideranças nacionais.
A movimentação dos mercados continua fortemente atrelada ao ambiente político. As declarações do senador Flávio Bolsonaro, que afirmou que “há um preço” para desistir de uma possível candidatura à Presidência em 2026, repercutiram negativamente na sexta-feira, elevando a tensão entre agentes financeiros.
No entanto, as sinalizações de que ele pode recuar da disputa presidencial trouxeram certo alívio, contribuindo para a queda do dólar e a leve recuperação do Ibovespa nesta segunda-feira.
Até o momento, o dólar acumula alta de 1,83% no mês e queda de 12,09% no ano, enquanto o Ibovespa apresenta valorização acumulada de 30,83% em 2025, refletindo o bom desempenho das ações brasileiras no exterior e a entrada de capital estrangeiro.
No cenário macroeconômico, o mercado segue de olho nas próximas decisões de política monetária e nos indicadores de inflação. A expectativa de uma redução gradual na taxa Selic e o controle dos preços internos têm sustentado o otimismo em parte dos investidores.
Além dos fatores internos, a cotação do dólar no Brasil é impactada por variáveis externas, como o desempenho da economia norte-americana e as perspectivas de juros nos Estados Unidos. A leve desvalorização global da moeda norte-americana frente a outras divisas emergentes também contribuiu para a correção observada no câmbio.
Economistas destacam que, apesar da volatilidade momentânea, o real segue entre as moedas que mais se valorizaram em 2025, apoiado pela melhora nas contas externas e pela entrada de investimentos no setor produtivo.
Fonte: Portal do Agronegócio
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