Mercado Financeiro

Dólar inicia quinta-feira com foco em decisões do Copom e juros nos EUA

Mercado financeiro reage a altas de juros e vitória de Donald Trump nos EUA


Publicado em: 07/11/2024 às 10:40hs

Dólar inicia quinta-feira com foco em decisões do Copom e juros nos EUA

Nesta quinta-feira (7), o dólar opera sob a influência de importantes acontecimentos que movimentam os mercados financeiros. Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic para 11,25% ao ano, uma medida que visa controlar a inflação e impacta diretamente o custo do crédito no país.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, também está em foco, com expectativa de uma nova redução nas taxas de juros, atualmente entre 4,75% e 5,00% ao ano. Caso ocorra, essa será a segunda redução após o ciclo de cortes iniciado em setembro. Ao mesmo tempo, o mercado segue repercutindo o resultado das eleições presidenciais, em que Donald Trump foi reeleito, trazendo expectativas de políticas econômicas protecionistas.

Cotações do Dólar e Ibovespa

Na quarta-feira, o dólar apresentou queda de 1,26%, fechando a R$ 5,6742. Durante o dia, atingiu a mínima de R$ 5,6647 e a máxima de R$ 5,8619. Com esse desempenho, a moeda americana acumula uma queda de 3,33% na semana e de 1,85% no mês, mas registra uma valorização de 16,93% no ano.

O índice Bovespa, principal indicador da bolsa brasileira, também teve leve recuo de 0,24%, encerrando aos 130.341 pontos. Na semana, o Ibovespa acumula alta de 1,73%, um ganho mensal de 0,48%, mas apresenta queda anual de 2,86%.

Impactos no Mercado Financeiro

A perspectiva de um governo Trump mais protecionista, com restrições ao comércio com a China e aumento de tarifas para outros países, incluindo o Brasil, gera incertezas para o comércio brasileiro. As medidas podem reduzir as exportações, afetando a balança comercial e a oferta de dólares no Brasil, o que pode pressionar a inflação.

Além disso, a postura protecionista pode elevar os preços nos Estados Unidos, aumentando a inflação no país e pressionando o Federal Reserve a manter taxas de juros elevadas. Taxas de juros mais altas tornam os títulos americanos, como as Treasuries, mais atrativos para investidores internacionais, fortalecendo o dólar.

Expectativas de Cortes de Gastos no Brasil

Outro ponto de atenção é o pacote de cortes de gastos do governo brasileiro, com objetivo de preservar o equilíbrio fiscal. Na manhã desta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as reuniões ministeriais sobre o tema já foram concluídas. Agora, as propostas serão discutidas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá encaminhá-las ao Congresso Nacional para aprovação.

Fonte: Portal do Agronegócio

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