Mercado Financeiro

Dólar inicia o dia em leve baixa após otimismo do mercado e recorde do Ibovespa

O dólar abriu esta quarta-feira (14) em leve queda, dando sequência ao movimento de desvalorização iniciado na véspera, quando a moeda norte-americana registrou seu menor valor desde outubro.


Publicado em: 14/05/2025 às 10:10hs

Dólar inicia o dia em leve baixa após otimismo do mercado e recorde do Ibovespa

O ambiente de maior otimismo nos mercados financeiros refletiu o impacto positivo da ata do Copom, dos dados de inflação dos Estados Unidos e, principalmente, do anúncio de uma trégua tarifária entre EUA e China, o que impulsionou o Ibovespa a bater seu recorde histórico.

Dólar opera em baixa após recuo expressivo na véspera

Às 9h, o dólar era negociado a R$ 5,6047, com leve queda de 0,07%. Na terça-feira (13), a moeda americana recuou 1,34%, encerrando o dia cotada a R$ 5,6086, menor valor desde 14 de outubro, quando registrou R$ 5,5821.

Com esse desempenho, o dólar acumula queda de 0,82% na semana, recuo de 1,20% em maio e uma desvalorização de 9,24% no ano.

Ibovespa atinge maior nível da história

O principal índice da Bolsa brasileira encerrou a terça-feira com alta de 1,76%, aos 138.963 pontos — a maior pontuação já registrada pelo Ibovespa. Durante o pregão, o índice chegou a superar os 139 mil pontos na máxima do dia.

Com o avanço, o Ibovespa acumula ganhos de 1,80% na semana, 2,88% no mês e 15,53% no acumulado do ano.

Fatores que impulsionaram o mercado

O desempenho positivo dos ativos brasileiros na terça-feira foi impulsionado por uma combinação de fatores internos e externos:

  • Ata do Copom: A divulgação da ata do Comitê de Política Monetária contribuiu para reforçar a percepção de continuidade da política monetária atual, o que agradou aos investidores.
  • Inflação nos EUA: Dados mais benignos de inflação norte-americana trouxeram alívio às expectativas sobre os juros nos Estados Unidos.
  • Trégua tarifária entre EUA e China: A principal notícia veio do cenário internacional, com o anúncio de uma trégua nas tarifas comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Trump sinaliza avanço em negociações com a China

Em entrevista à emissora Fox News, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que os dois países estão construindo um acordo comercial "muito sólido" e destacou a perspectiva de maior abertura da China ao comércio com os EUA.

"Temos a estrutura de um acordo muito, muito sólido com a China. Mas a parte mais emocionante do acordo é a abertura da China aos negócios com os Estados Unidos", declarou Trump, durante viagem oficial a países do Golfo Pérsico a bordo do Air Force One.

Trégua tarifária anima os mercados globais

EUA e China concordaram em reduzir significativamente as tarifas sobre produtos importados por um período inicial de 90 dias. O entendimento foi bem recebido pelos mercados, que viram na medida um alívio para os temores de desaceleração econômica global.

A reação foi imediata: as bolsas norte-americanas dispararam após o anúncio, enquanto os mercados chineses também fecharam em forte alta.

Segundo Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, a redução foi mais significativa do que o esperado. "Eu achava que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%", afirmou à Reuters.

Analistas pedem cautela diante do cenário

Apesar do entusiasmo inicial, especialistas alertam que ainda é cedo para considerar a trégua como um passo definitivo rumo a um acordo comercial duradouro.

"Esta é uma redução substancial da tensão. No entanto, os EUA ainda impõem tarifas muito mais altas à China", avaliou Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics. "Não há garantia de que a trégua de 90 dias dará lugar a um cessar-fogo duradouro."

Fonte: Portal do Agronegócio

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