Publicado em: 14/10/2024 às 10:55hs
O dólar começou a semana operando em alta nesta segunda-feira (14), em um cenário marcado pela expectativa de divulgações de importantes indicadores econômicos ao redor do mundo, além da divulgação de balanços corporativos de empresas norte-americanas.
No Brasil, o principal destaque é a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada nesta manhã pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) apontou uma elevação de 0,2% em agosto, revertendo a queda de 0,4% registrada no mês anterior. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, o indicador apresentou crescimento de 3,1%, enquanto no acumulado de 2024 até agosto, o aumento foi de 2,9%.
Em âmbito internacional, os investidores aguardam dados sobre a atividade econômica dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que repercutem as novas promessas de estímulos econômicos da China e monitoram as tensões no Oriente Médio.
Às 9h45, o dólar registrava uma alta de 0,47%, sendo cotado a R$ 5,6409. Na última sexta-feira (11), a moeda norte-americana havia encerrado o dia com alta de 0,50%, cotada a R$ 5,6146, atingindo o maior valor em um mês. Com esses movimentos, o dólar acumulou uma alta de 2,92% na semana, 3,08% no mês, e um ganho expressivo de 15,71% no ano.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, iniciará suas operações às 10h. Na última sexta-feira, o índice fechou com queda de 0,28%, aos 129.992 pontos, acumulando uma perda de 1,37% na semana, recuo de 1,38% no mês, e retração de 3,12% no ano.
A prévia do PIB divulgada pelo Banco Central está alinhada com as projeções de um maior aquecimento da economia brasileira. No último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual para 10,75% ao ano, foi destacado que a atividade econômica e o mercado de trabalho demonstram um dinamismo acima do esperado.
Contudo, o aquecimento econômico tem gerado preocupações em relação à inflação no país, com expectativas de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se aproxime do teto da meta. A meta de inflação para 2024 é de 3%, com uma margem de variação de 1,5% a 4,5% para que seja considerada dentro do objetivo oficial.
O Boletim Focus, relatório do Banco Central que compila as projeções de economistas para os principais indicadores, indicou uma nova alta nas expectativas para o IPCA de 2024, com os especialistas prevendo uma inflação de 4,39%, ante 4,35% no mês anterior.
Essas expectativas têm influenciado as projeções para a taxa Selic. O mercado agora projeta uma taxa de 11,75% ao ano para 2024 e de 11% para 2025. Há um mês, as estimativas eram de 11,25% e 10,50%, respectivamente.
No cenário global, a China voltou a prometer novos estímulos econômicos, tanto para a população quanto para as empresas. Em uma coletiva no sábado (12), o ministro das Finanças, Lan Foan, reafirmou o compromisso do governo chinês de aumentar sua dívida para financiar o crescimento econômico. Embora não tenha detalhado o montante ou a velocidade dos investimentos, as declarações foram suficientes para manter o otimismo no mercado. Com isso, as ações do setor imobiliário apresentaram alta tanto em Hong Kong quanto na China continental.
Fonte: Portal do Agronegócio
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