Comentários do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, destacando a melhora do fluxo de recursos para o País, somaram-se ao ambiente ameno para as divisas de países emergentes no exterior, o que colocou o dólar abaixo dos R$ 2,34 durante a sessão. No fim, a moeda negociada no balcão registrou queda de 0,51%, a R$ 2,3440. Este é o menor patamar de fechamento desde 20 de janeiro. Em quatro sessões, o dólar acumulou recuo de 2,05%. No mercado futuro, o dólar para março caiu 0,21%, a R$ 1,3455. No encontro do G-20 (grupo das 20 maiores economias), na Austrália, o presidente do BC fez uma avaliação positiva sobre o fluxo de capitais estrangeiros para o Brasil nos dois primeiros meses de 2014. Segundo ele, após a saída de recursos no fim de 2013, a tendência mudou e o País já recebeu algo em torno de US$ 3 bilhões em transações financeiras no acumulado de janeiro e fevereiro.

A queda do dólar ante o real foi determinante para o recuo mais firme das taxas dos contratos futuros de juros de longo prazo, enquanto os vencimentos mais curtos ficaram próximos dos patamares vistos na última sexta-feira, confirmando as apostas majoritárias de que a Selic (a taxa básica de juros subirá menos (0,25 ponto porcentual) no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina na próxima quarta-feira. Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano. Na Austrália, Tombini também não disse nada que desautorizasse a percepção de que o ritmo de elevação da Selic será reduzido. Ele afirmou que "não há reparo" a fazer na estratégia adotada pelo Brasil para reagir à turbulência gerada pela normalização da política monetária nos EUA e destacou, inclusive, a melhora de avaliação em relação ao País nas últimas semanas.

A taxa do contrato de juros para janeiro de 2017 ficou em 12,15%, ante 12,22% de sexta-feira.

Já a Bovespa engatou a quarta sessão de ganhos, basicamente devido ao avanço dos papéis da Petrobrás, que divulga balanço hoje. Depois de oscilar ao longo de todo o dia entre ganhos e perdas, o Ibovespa passou a acompanhar Nova York, mesmo que a distância, devido à valorização consistente das ações da estatal do Petróleo, em meio a comentários sobre um possível reajuste dos combustíveis. Por outro lado, os papéis da Vale, com queda de quase 3%, foram decisivos para evitar um avanço mais consistente do Ibovespa, que terminou com alta de 0,03%, aos 47.393,50 pontos. Nos EUA, os índices de ações deixaram de lado dois indicadores fracos e subiram: o Dow Jones avançou 0,64%, o S&P 500 teve alta de 0,62% e o Nasdaq subiu 0,69%.