Publicado em: 15/08/2024 às 11:20hs
O dólar apresentou uma leve alta frente ao real nesta quinta-feira, impulsionado por dados econômicos robustos dos Estados Unidos, que diminuíram os temores de uma desaceleração acentuada da maior economia global. Esse cenário fortaleceu a moeda norte-americana no mercado internacional e consolidou as apostas em cortes de juros mais graduais pelo Federal Reserve.
Por volta das 9h46, o dólar à vista registrava um avanço de 0,17%, cotado a R$ 5,4785 na venda. Na B3, o contrato futuro do dólar para o primeiro vencimento recuava 0,08%, sendo negociado a R$ 5,474.
Na sessão anterior, o dólar à vista havia fechado em alta de 0,37%, a R$ 5,4691.
Os dados mais recentes do Departamento do Trabalho dos EUA indicaram uma queda nos pedidos iniciais de auxílio-desemprego, que totalizaram 227 mil na semana encerrada em 10 de agosto, abaixo dos 234 mil revisados da semana anterior. A expectativa dos economistas consultados pela Reuters era de um leve aumento para 235 mil pedidos.
Além disso, o Departamento de Comércio dos EUA reportou um crescimento de 1,0% nas vendas no varejo em julho, superando as projeções de alta de 0,3% dos analistas. Em contraste, as vendas de junho foram revisadas para uma queda de 0,2%, após uma estimativa inicial de estabilidade.
Esses dados contribuíram para dissipar os temores de uma recessão nos EUA, já reduzidos pelos números de auxílio-desemprego divulgados na semana anterior, fortalecendo ainda mais o dólar em relação a outras moedas.
Na quarta-feira, os Estados Unidos também registraram uma moderação nos preços ao consumidor em julho, com a inflação acumulada em 12 meses caindo abaixo de 3%. Esse dado reforçou as expectativas de que o Fed iniciará cortes nas taxas de juros em setembro.
Com os dados divulgados nesta manhã, as apostas do mercado em um corte de 25 pontos-base pelo Fed subiram para 74%, em comparação com os 65% registrados na véspera, à medida que a percepção de força na economia americana sugere que o banco central poderá adotar uma abordagem mais cautelosa na redução dos juros.
Quanto mais acentuado for o corte de juros pelo Fed, menor a atratividade do dólar, que tende a enfraquecer à medida que os rendimentos dos Treasuries caem.
O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis divisas, registrava uma alta de 0,50%, alcançando 103,110 pontos.
A moeda americana também avançava 1,02% frente ao iene, sendo cotada a 148,81 ienes por dólar. Já o euro era negociado a US$ 1,0957, com uma queda de 0,50% no dia.
Os agentes financeiros também monitoravam de perto o comportamento dos preços das commodities, em um contexto onde as perspectivas econômicas da China, maior importador mundial de matérias-primas, continuam a se deteriorar, ao passo que as tensões geopolíticas no Oriente Médio e na Ucrânia persistem.
Nesta quinta-feira, os preços futuros do minério de ferro registraram a quarta queda consecutiva, atingindo o menor nível em mais de 14 meses, enquanto os preços do petróleo subiram, embora preocupações com a demanda global tenham limitado ganhos mais expressivos. Esse cenário exerce pressão sobre moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
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