Publicado em: 22/10/2024 às 10:41hs
O dólar iniciou esta terça-feira (22) em alta, superando a marca de R$ 5,71, em meio a um cenário de monitoramento por parte das autoridades econômicas brasileiras em eventos internacionais e de divulgação de importantes dados econômicos. Na véspera, a moeda norte-americana havia registrado uma queda de 0,14%, sendo cotada a R$ 5,6903. O principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, encerrou o dia anterior com leve recuo de 0,11%, aos 130.362 pontos.
Os investidores estão atentos à agenda do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que participa de compromissos em Washington, nos Estados Unidos. Em sua mais recente declaração, Campos Neto reafirmou o compromisso da instituição com o controle da inflação, destacando que a redução das taxas de juros dependerá de um "choque fiscal" positivo na economia brasileira.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também está em Washington para cumprir compromissos oficiais. Enquanto isso, o mercado segue acompanhando de perto os desdobramentos da eleição presidencial nos Estados Unidos, com destaque para as apostas na vitória do ex-presidente Donald Trump. Suas propostas de aumento de tarifas e possíveis guerras comerciais podem trazer consequências negativas para a economia americana, influenciando os preços de títulos públicos.
No cenário doméstico, as contas públicas permanecem em foco, com a divulgação dos resultados da arrecadação federal de setembro.
Cotação do Dólar Às 9h45, o dólar apresentava alta de 0,32%, sendo negociado a R$ 5,7086. Durante a manhã, a cotação máxima atingiu R$ 5,7126. No dia anterior, a moeda havia recuado 0,14%, cotada a R$ 5,6903. No acumulado, o dólar apresenta uma queda de 0,14% na semana, alta de 4,47% no mês e um ganho expressivo de 17,27% no ano.
Ibovespa O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, iniciou suas operações somente às 10h. Na segunda-feira (21), o índice fechou em queda de 0,11%, totalizando 130.362 pontos. No acumulado, o Ibovespa registra uma queda de 0,11% na semana, perdas de 1,10% no mês e recuo de 2,85% no ano.
Fatores que Movimentam o Mercado Na segunda-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participou de um evento da Investment Association, em São Paulo, onde reforçou a importância da adoção de metas fiscais para que o governo possa reduzir as taxas de juros de forma sustentável. Ele também destacou a necessidade de transparência nas contas públicas, afirmando que uma percepção de choque fiscal poderia melhorar a confiança do mercado.
As declarações de Campos Neto ocorrem a apenas duas semanas da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), aumentando as pressões sobre o governo para resolver questões relacionadas às contas públicas. Atualmente, a taxa de juros está em 10,75%, após um novo ciclo de altas iniciado na última reunião do Copom em setembro. O mercado prevê novas elevações, à medida que o crescimento econômico acima do esperado no Brasil gera pressões inflacionárias, especialmente do lado da demanda.
No cenário internacional, os investidores acompanham atentamente a corrida presidencial nos Estados Unidos, bem como o desenvolvimento do conflito no Oriente Médio. Além disso, a semana reserva a divulgação de novos dados sobre a atividade econômica americana e os balanços corporativos de gigantes da tecnologia.
Outro evento de destaque é o encontro semestral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que reúne líderes políticos e econômicos de todo o mundo para discutir temas globais. Esse evento também está no radar dos investidores.
Fonte: Portal do Agronegócio
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