Publicado em: 06/10/2025 às 10:50hs
O dólar iniciou a semana em valorização frente ao real, refletindo movimentos globais e a expectativa local por posicionamentos do Banco Central. As atenções do mercado se dividem entre fatores internacionais — como oscilação de moedas europeias e do iene — e eventos domésticos decisivos, como a participação do presidente do BC, Gabriel Galípolo, em evento público em São Paulo.
Nas primeiras negociações desta segunda-feira, o dólar à vista registrou alta de aproximadamente 0,15%, cotado em torno de R$ 5,3427 na venda. No mesmo horário, o contrato futuro de dólar com vencimento mais próximo operava com leve queda de 0,03%, negociado a R$ 5,3795, na B3.
No exterior, o índice dólar, que compara a moeda americana a uma cesta de seis divisas fortes, subia cerca de 0,25%. O euro e o iene são penalizados por instabilidades políticas recentes, incluindo mudanças nos primeiros-ministros de algumas economias, o que reforça a procura por dólar como ativo de refúgio.
Investidores acompanham com atenção o pronunciamento de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, em palestra organizada pela Fundação FHC em São Paulo. Espera-se que ele aborde desafios da conjuntura econômica brasileira e o direcionamento das políticas monetária e cambial em meio a um contexto internacional instável.
A agenda econômica do país também atrai atenção. Nesta semana, serão divulgados indicadores importantes, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, o boletim Focus com projeções macroeconômicas e os dados da balança comercial do mês. Esses indicadores podem influenciar expectativas sobre inflação e juros.
Nos Estados Unidos, o governo enfrenta o sexto dia de paralisação parcial (“shutdown”), provocando incerteza na agenda econômica. Além disso, a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) detalhará os motivos por trás da redução recente de juros, trazendo pistas sobre o futuro da política monetária americana e os fluxos globais de capital.
Nos mercados globais, os índices americanos apresentaram desempenho misto, com alta do Dow Jones, estabilidade do S&P 500 e queda do Nasdaq. Na Europa, o índice pan-europeu STOXX 600 avançou impulsionado por setores de saúde e mineração, com a expectativa de cortes de juros nos EUA. Na Ásia, os resultados foram heterogêneos: bolsas de Japão, Coreia do Sul e Taiwan subiram, enquanto Hong Kong recuou após realização de lucros.
Fonte: Portal do Agronegócio
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