Publicado em: 22/10/2024 às 10:25hs
As perdas econômicas da China com desastres naturais no terceiro trimestre de 2024 aumentaram significativamente, impulsionadas por eventos climáticos extremos como tufões e inundações. Segundo cálculos da Reuters, com base em dados divulgados pelo Ministério de Gestão de Emergências, as perdas diretas entre julho e setembro atingiram 230 bilhões de iuanes (aproximadamente 32,3 bilhões de dólares), mais do que o dobro dos 93,16 bilhões de iuanes registrados nos primeiros seis meses do ano.
Esse crescimento acentuado nas perdas sublinha a crescente vulnerabilidade da China aos fenômenos climáticos extremos, que têm se intensificado devido às mudanças climáticas. Em setembro, o centro financeiro de Xangai foi severamente impactado pelo tufão Bebinca, o mais forte a atingir diretamente a cidade em 70 anos. Já em outubro, o supertufão Yagi, o mais intenso já registrado, afetou a província de Hainan, deixando quase um milhão de residências sem energia elétrica.
As chuvas recordes e os frequentes tufões durante o verão no Hemisfério Norte causaram sérios danos, interrompendo o fornecimento de alimentos, elevando os preços ao consumidor e prejudicando a produção agrícola. As perdas econômicas diretas nos três primeiros trimestres de 2024 somaram 323,2 bilhões de iuanes, superando os 308,3 bilhões de iuanes contabilizados no mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados do ministério.
Os custos crescentes decorrentes de condições climáticas extremas continuam pressionando a economia chinesa. Embora o país tenha implementado uma estratégia nacional de adaptação há mais de dois anos, os números demonstram que a China ainda não desenvolveu uma resiliência adequada frente ao aumento dos desastres naturais.
Nos primeiros nove meses de 2024, mais de 84 milhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais, com 836 mortos ou desaparecidos. Além disso, cerca de 3,35 milhões de pessoas precisaram ser reassentadas com urgência. O relatório do ministério também apontou que 50 mil casas foram destruídas, 630 mil danificadas, e aproximadamente 9,05 milhões de hectares de plantações sofreram impactos significativos.
Fonte: Portal do Agronegócio
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