Mercado Financeiro

Corte de juros nos EUA e trégua comercial com a China reduzem tensões globais; economia brasileira mostra resiliência

Decisões internacionais trazem alívio aos mercados, enquanto indicadores internos apontam estabilidade no Brasil


Publicado em: 10/11/2025 às 10:10hs

Corte de juros nos EUA e trégua comercial com a China reduzem tensões globais; economia brasileira mostra resiliência

O cenário econômico mundial apresentou sinais de alívio nas tensões financeiras e geopolíticas, após decisões importantes nos Estados Unidos e um novo acordo entre Washington e Pequim. Segundo relatório do Rabobank, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) reduziu a taxa de juros dos fundos federais em 25 pontos-base, levando-a para o intervalo entre 3,75% e 4,00%, movimento amplamente esperado pelo mercado.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, contudo, afirmou que não há garantia de novo corte em dezembro, adotando um tom cauteloso sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.

EUA e China firmam trégua comercial e retomam negociações

No campo geopolítico, os presidentes dos Estados Unidos e da China chegaram a um acordo de trégua comercial por um ano, com ajustes tarifários e retomada gradual das trocas comerciais entre as duas maiores economias do mundo. A medida reduziu as incertezas sobre o comércio global e foi bem recebida pelos investidores internacionais.

Mercado de trabalho brasileiro segue firme diante da volatilidade global

Mesmo diante das turbulências externas, os indicadores de emprego no Brasil continuam mostrando força. De acordo com o Rabobank, o mercado de trabalho segue resiliente, refletindo uma economia doméstica com níveis consistentes de atividade.

A instituição também destacou o comportamento cambial positivo: o real se valorizou 0,18% na última semana, encerrando o período cotado a R$ 5,3795, o oitavo melhor desempenho entre 24 moedas emergentes.

O Rabobank projeta que o dólar encerre 2025 próximo de R$ 5,55, sustentado pelo diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos e pela tendência de enfraquecimento global da moeda norte-americana.

IGP-M tem nova queda em outubro, puxado por commodities agrícolas

No cenário doméstico, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou retração de 0,36% em outubro, influenciado principalmente pela queda nos preços das commodities agrícolas, que pressionaram o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA).

Esse movimento indica desaceleração inflacionária, especialmente entre os produtos primários e industriais, contribuindo para aliviar custos de produção e preços ao consumidor.

Contas públicas seguem pressionadas e dívida bruta sobe

Os dados fiscais do Governo Central mostraram novo déficit de R$ 14,5 bilhões em setembro, resultado de receitas com crescimento modesto e despesas em ritmo ainda elevado.

O setor público consolidado também apresentou saldo negativo de R$ 17,5 bilhões, enquanto a dívida bruta do país aumentou para 78,1% do PIB, reforçando o desafio fiscal do governo diante da necessidade de equilíbrio entre arrecadação e gastos.

Fonte: Portal do Agronegócio

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