Publicado em: 03/05/2021 às 10:50hs
Os contratos com vencimento maio/21 foram comercializados em 17,44 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 36 pontos no comparativo com a véspera. A sexta-feira também foi marcada com o vencimento do contrato maio/21 e com entregas estimadas em cerca de 575 mil toneladas.
Os lotes para julho/21 também fecharam em alta na sexta-feira, negociados em 16,98 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 1 e 5 pontos, com exceção do lote março/22 que caiu 5 pontos e o contrato maio/22 que fechou estável.
Segundo a agência Reuters, "as entregas frente ao vencimento (maio/21) totalizaram cerca de 1.350 lotes, ou 575 mil toneladas, segundo dados preliminares de operadores. Se confirmado, o volume representaria apenas 25% do reportado há um ano. Operadores disseram que o atraso da colheita no Brasil pode ser um dos fatores por trás da entrega relativamente pequena".
Ainda segundo analistas ouvidos pela Reuters, "embora o nervosismo com a safra de cana do Brasil persista, a produção em importantes regiões da Índia e Tailândia está melhorando, indicando que o mercado global deve permanecer mais ou menos equilibrado neste ano".
Em Londres o mercado futuro do açúcar branco fechou misto nesta sexta-feira (30). Os dois primeiros lotes, agosto e outubro/21, fecharam em baixa de 4,80 dólar e 20 cents de dólar, respectivamente, cotados em US$ 448,40 e US$ 450,10 a tonelada. Os demais lotes da ICE Europe subiram entre 50 cents e 1,50 dólar.
O diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa destacou em seu artigo semanal que analisa o comportamento dos mercados externos de açúcar que a semana foi bastante movimentada e deixou os altistas sorridentes quando o mercado encostou nos 18 centavos de dólar por libra-peso. "Mas, com a divulgação hoje (sexta-feira) do COT (Commitment Of Trades), relatório dos comitentes, percebe-se que os fundos adicionaram mais 30,000 lotes durante a semana (terça a terça). Ou seja, o mercado tem muito menos de fundamentos e muito mais de dinheiro novo entrando".
Para Corrêa o mercado busca novos vendedores, porque "como todos sabem, as usinas estão no limite percentual de fixação de açúcar para esta safra que se inicia. Não sei até que ponto os modelos e os algoritmos percebem e/ou incorporam isso, mas de qualquer modo estão sendo ajudados pelo clima de apreensão por parte de usinas e tradings que não podem fechar os olhos a uma combinação explosiva que envolvem: um eventual atraso ou mesmo redução na disponibilidade de açúcar, um agravamento no fluxo de caixa devido às chamadas de margem e, por último, mas não menos importante, um default por parte de usinas com graves problemas financeiros".
No mercado doméstico o açúcar cristal, medido pelo Cepea/Esalq, da USP, fechou em alta na última sexta-feira, negociado em R$ 112,88 a saca de 50 quilos, contra R$ 111,14 a saca na véspera, valorização de 1,57% no comparativo entre as datas.
Fonte: Agência UDOP de Notícias
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