Publicado em: 24/11/2025 às 10:45hs
As bolsas norte-americanas registram ganhos nesta segunda-feira (24), impulsionadas pela perspectiva de que o Federal Reserve mantenha os juros estáveis nas próximas reuniões. O Dow Jones sobe para 46.200 pontos, enquanto o S&P 500 avança cerca de 0,60%, alcançando 6.643 pontos. Já o Nasdaq Composite opera em alta, com investidores demonstrando maior apetite por ativos de risco diante da expectativa de desaceleração da política monetária americana.
Os principais mercados europeus fecharam de forma mista, refletindo a cautela dos investidores após novas declarações sobre os juros nos Estados Unidos e sinais de avanço nas negociações que buscam encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia. O índice STOXX 600 recuou 0,30%, com Londres (FTSE 100) subindo 0,13%, Frankfurt (DAX) caindo 0,80%, e Paris (CAC 40) avançando 0,02%.
O movimento demonstra que, apesar da força observada em Wall Street, o cenário europeu segue pressionado pelas incertezas geopolíticas e econômicas.
Os mercados asiáticos iniciaram a semana em forte baixa, acompanhando a onda de vendas globais registrada na sessão anterior. Em Tóquio, o Nikkei 225 recuou 2,40%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng Index teve queda de 2,4%. Já em Xangai, o CSI 300 cedeu 2,5%, pressionado principalmente pelas ações de tecnologia.
A aversão ao risco na região reflete o aumento das incertezas econômicas e a desaceleração das exportações chinesas.
No Brasil, o Ibovespa acompanha o movimento global e registra leve queda, com os investidores atentos tanto ao cenário internacional quanto aos indicadores domésticos. O principal índice da B3 é negociado próximo de 154.770 pontos, com baixa de 0,39%, segundo dados do Yahoo Finance.
O mercado brasileiro segue reagindo à volatilidade externa, enquanto o setor produtivo observa os impactos da política de juros e da variação cambial sobre os custos de produção e exportação.
A oscilação nas bolsas e as expectativas sobre juros globais têm reflexo direto no agronegócio. Taxas mais baixas favorecem o crédito rural e reduzem o custo de financiamento para produtores e cooperativas. Por outro lado, a aversão ao risco internacional pode diminuir a liquidez e afetar o câmbio, influenciando o preço das commodities agrícolas brasileiras.
A valorização do dólar, por exemplo, tende a aumentar a competitividade das exportações, mas também encarece a importação de insumos e maquinários agrícolas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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