O Banco Central Europeu (BCE) deverá, quase certamente, adiar qualquer nova redução na taxa de juros até dezembro, afirmou Peter Kazimir, membro do Conselho do BCE, nesta segunda-feira. Segundo ele, essa postura é necessária para garantir que o banco não cometa o erro de afrouxar a política monetária de forma precipitada.

"É praticamente certo que precisaremos esperar até dezembro para termos uma visão mais clara antes de tomarmos qualquer nova decisão", declarou Kazimir em uma publicação. Ele acrescentou que só defenderia um novo corte em outubro caso houvesse uma mudança significativa nas perspectivas econômicas. "Eu precisaria de um sinal forte para considerar apoiar outro corte em outubro", reforçou Kazimir, que também ocupa a presidência do banco central da Eslováquia.

Para o dirigente, o BCE precisa confirmar que os dados futuros sustentam suas previsões antes de tomar novas decisões. Do contrário, as autoridades podem se arrepender de reduzir os custos de financiamento antes que a inflação esteja controlada de forma sustentável.

Na última quinta-feira, o BCE realizou o segundo corte nos juros deste ano, com a expectativa de que a inflação retorne à meta de 2% de forma duradoura até o final de 2025.