O Nasdaq ficou praticamente estável, mas também bateu máximas ao longo do dia. O bom humor no mercado internacional foi consequência especialmente da divulgação da ata da última reunião de política monetária do banco central americano (Fed), que mostrou que os membros da autarquia não estão com pressa para começar a reduzir as compras de ativos, embora já estejam pensando no momento mais apropriado para fazê-lo. Apesar de vários membros terem mencionado que esperam que as condições para começar a reduzir o ritmo de compras de ativos (atualmente em US$ 120 bilhões por mês) devem ser atendidas um pouco antes do que tinham antecipado em reuniões anteriores, os dirigentes esperam que mais informações estejam disponíveis nos próximos meses para que a autoridade monetária possa fazer uma avaliação melhor do caminho do mercado de trabalho e da inflação.

Já no lado asiático, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, em meio à ofensiva crescente de Pequim contra grandes empresas de tecnologia chinesas e em meio também à inesperada sinalizaçãoo de relaxamento monetário pela China. Ontem, o gabinete do país disse que, para sustentar a economia real, as autoridades usarão instrumentos de política monetária, incluindo cortes de compulsorios. A sinalização gerou um alerta sobre fragilidades na economia do país que podem  comprometer  a  recuperação da economia global, após os choques da pandemia de covid-19.

Na Europa, o Banco Central Europeu anunciou ontem a primeira mudança em seu objetivo de política de 20 anos, passando o alvo de inflação de “baixo, porém proximo de2% no médio prazo" para 2%. A estratégia foi vista como um caminho adicional para que a autoridade monetária possa deixar a inflação ultrapassar a meta de 2% quando julgar necessário.

No Brasil, aproveitando o impulso das bolsas americanas, o Ibovespa fechou o pregão de ontem em alta de 1,54%, a 127.018 pontos. Já o dólar comercial, que chegou a zerar ganhos minutos depois da divulgação da ata do Fomc, voltou a subir perto do fim do dia, encerrando com alta de 0,6%, a R$ 5,24.

Os jornais chamaram atenção para as falas do ministro Paulo Guedes ontem sobre a reforma tributária. Segundo o noticiário, o ministro declarou que o recuo no IRPJ pode chegar até 15 pontos percentuais, desde que sejam retirados também alguns dos benefícios tributários. O Estadão aponta também que representantes de mais de 120 entidades empresariais enviaram, nesta quarta-feira, 7, uma carta ao presidente da Câmara, Arthur Lira, alertando para os possíveis impactos negativos na reforma tributária e cobrando alterações no texto. 

Os jornais também apontam que os técnicos de dentro e fora do Congresso contestaram a viabilidade de o Executivo abrir um crédito extraordinário para ampliar a duração do pagamento do auxílio emergencial sem aval do Legislativo e fora do teto de gastos, após ter sido limitado, em março que R$ 44 bilhões seriam gastos com o programa esse ano. 

No âmbito de dados econômicos, o IPCA de junho apresentou uma expansão de 0,53%, acima do consenso de mercado (0,59%) e em linha com as nossas expectativas. No acumulado de 12 meses, o índice já acumula alta de 8,35%.

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